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    Débora Oliveira
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    Débora Oliveira

    Certificada pelo Programa B3 de Formação Continuada em Mercado de Capitais para jornalistas com atuação em grandes emissoras, como SBT, Band e RedeTV, e analista de economia sem economês

    Casas Bahia ganha R$ 176 mi em valor em um dia com “voto de confiança” em recuperação

    Alta de 34,19% nas ações fez com que varejista se recuperasse das perdas acumuladas em abril e saísse da liderança do ranking das ações que mais acumulam quedas no ano

    No pregão desta segunda-feira (29), as ações da Casas Bahia valorizaram 34,19%, o que elevou o valor de mercado da empresa para R$ 692 milhões.

    Essa valorização em apenas um pregão veio após a notícia do pedido de recuperação extrajudicial para dívidas que somam R$ 4,1 bilhões.

    A alta das ações fez com que a varejista se recuperasse das perdas acumuladas no mês de abril e saísse da liderança do ranking das ações que mais acumulam quedas no ano.

    De acordo com os cálculos de Einar Riveiro, sócio da Elos Ayta Consultoria, esse aumento de R$ 176 milhões é semelhante ao valor de mercado da construtora Tecnisa, que atualmente está em torno de R$ 178 milhões.

    A alta das ações também é reflexo da leitura positiva que o mercado fez, já que a operação traz alívio para o caixa da rede varejista.

    “Em geral, eles (pedidos de recuperação extrajudicial) são bem aceitos porque é um voto de confiança que o credor está dando de postergar um pouco esses pagamentos e, às vezes, até revisitar custos, como é o caso da Casas Bahia. E não é do interesse de ninguém deixar uma empresa quebrar”, explica Paola Mello, que é sócia e analista da GTI e acompanha de perto o setor de varejo.

    Em entrevista à CNN nesta segunda-feira, o CEO da Casas Bahia, Renato Franklin, afirmou que o “ajuste estrutural já foi feito”.

    “No ano passado fizemos o ajuste organizacional e também o fechamento de lojas. Nós tínhamos 100 lojas com margem de contribuição negativa, mas 55 foram fechadas e conseguimos recuperar a margem dessas outras 45 através da redução de estoque, mais redução do custo de aluguel e aumento da penetração dos serviços”, disse.

    A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do TJ de São Paulo deferiu o processo de recuperação extrajudicial do Grupo Casas Bahia. O juiz Jomar Juarez Amorim determinou a suspensão, pelo prazo de 180 dias, de todas as execuções contra a varejista movidas por credores sujeitos ao plano de recuperação.