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    Usiminas registra lucro líquido de R$ 1,263 bi no 1º trimestre, alta anual de 5%

    Em relação ao quarto trimestre, houve uma queda de 49%, em razão dos efeitos não recorrentes, operacionais e financeiros, registrados entre outubro e dezembro

    Wagner Gomes e Beth Moreira, do Estadão Conteúdo

    A Usiminas registrou lucro líquido de R$ 1,263 bilhão no primeiro trimestre de 2022, alta de 5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

    Em relação ao quarto trimestre, houve uma queda de 49%, em razão dos efeitos não recorrentes, operacionais e financeiros, registrados entre outubro e dezembro, bem como pelo menor resultado operacional registrado no período.

    O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 1,560 bilhão, redução de 36% ante o mesmo período de 2021. Em relação ao quarto trimestre, foi registrada perda de 37%.

    A receita líquida ficou em R$ 7,845 bilhões entre janeiro e março, alta de 11% na comparação com o mesmo período de 2021. Já na comparação com o quarto trimestre, houve queda de 3% com a redução da receita líquida na unidade de Mineração, de acordo com os dados divulgados há pouco pela companhia.

    Previsão de vendas

    A Usiminas divulgou nesta quarta-feira (20) seu guidance para vendas de aço no segundo trimestre de 2022. A previsão é de que a empresa alcance um volume entre 950 mil toneladas e 1,050 milhão de toneladas.

    Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa lembra que as projeções foram incluídas na seção 11 do Formulário de Referência da empresa. As projeções, no entanto, dependem de fatores e condições de mercado que escapam do controle da companhia, podendo, assim, diferir em relação aos números e resultados a serem efetivamente registrados.

    Usiminas adia em 2 meses conclusão de reparo de alto-forno em Ipatinga

    Segundo comunicado ao mercado, a Usiminas afirmou que a expectativa de conclusão das obras para o reparo do alto-forno 2 da usina da companhia em Ipatinga (MG) foi adiada para junho.

    O alto-forno 2 está paralisado desde o final de setembro por causa de um acidente envolvendo o equipamento. A projeção inicial divulgada pela Usiminas era de paralisação por até 150 dias. Depois, em outubro, a empresa disse que esperava finalizar as obras em abril deste ano.

    Apesar do adiamento, o valor do investimento no reparo não foi alterado, segundo a Usiminas, que tinha orçado as obras em R$ 35 milhões, de acordo com comunicado de outubro.

    A empresa complementou que o retorno da operação do alto-forno 2 está condicionado a uma recuperação do desempenho operacional das coquerias da usina de Ipatinga, “que vêm apresentando menor disponibilidade de produção de coque em função da necessidade de realização de serviços de preservação e manutenção”.

    A companhia também condicionou o retorno do equipamento à uma avaliação da conjuntura do mercado.

    O alto-forno 2 tem capacidade de produzir 55 mil toneladas de ferro-gusa por mês, o equivalente a 660 mil toneladas por ano. A empresa afirmou na ocasião da suspensão das operações que a parada seria compensada com estoques e comprando placas no mercado.

    Além do alto-forno 2, a usina de Ipatinga tem outros dois equipamentos de produção de aço bruto: o alto-forno 1, também com capacidade para 660 mil toneladas por ano, e o alto-forno 3, com capacidade nominal para 2,3 milhões toneladas anuais e que tem reforma geral programada para meados de 2023.

    *Com informações de Reuters

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