Ex-presidente da Federação Espanhola nega ter recebido dinheiro “irregular”
Luis Rubiales é investigado por supostos casos de corrupção à frente da entidade
O ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales negou, nesta segunda-feira (29), ter recebido dinheiro “de maneira irregular”, após prestar depoimento ante a juíza que investiga um suposto caso de corrupção e supostos contratos irregulares durante seu mandato à frente da entidade.
“O que mantenho e manterei sempre e estou convencido de que se acabará fazendo justiça, é que jamais recebi dinheiro de maneira irregular, jamais houve nenhuma licitação irregular”, afirmou Rubiales à imprensa em sua saída do tribunal de Majadahonda, perto de Madri.
O ex-cartola acrescentou ter trabalhado “com a máxima excelência e na busca da legalidade”.
Rubiales, que renunciou em setembro do ano passado após o escândalo do beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso, durante a Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia, depôs nesta segunda ante a juíza que investiga supostos contratos irregulares durante seu mandato.
Entre os contratos sob suspeita estariam os relacionados à Supercopa da Espanha, que passou a ser disputada na Arábia Saudita e aos trabalhos de remodelação do estádio de La Cartuja, em Sevilha.
“Nunca em minha vida fiz algo de errado”, afirmou Rubiales no início do mês em uma entrevista ao canal de televisão La Sexta.
Luis Rubiales detido
O ex-presidente da federação compareceu no tribunal após seu retorno, em 3 de abril, da República Dominicana, quando foi preso por um breve período no aeroporto de Madri pela Guarda Civil para lhe informar sobre o caso.
“Respondi a todas as perguntas que fizeram, e se tenho que voltar aqui, porque sua Senhoria assim o indica, aqui vou estar, colaborando. Sou o mais interessado em que tudo se esclareça”, afirmou à imprensa nesta segunda-feira.
Rubiales, que qualificou de “muito boa” sua gestão durante seu mandato entre 2018 e 2023, terá que comparecer todo mês ao tribunal e também pedir permissão para viajar para fora da Espanha, informaram fontes judiciais.