Boris Johnson pede desculpas ao Parlamento britânico por descumprir lockdown
Primeiro-ministro do Reino Unido foi multado na semana passada devido a festas durante o período mais rígido do combate à Covid no país
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu desculpas ao Parlamento nesta terça-feira (19) por violar as regras de combate à Covid-19 com uma reunião em seu aniversário. O pedido aconteceu após ele ter sido multado pela polícia na semana passada.
Johnson e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, receberam a punição durante o recesso de Páscoa do Parlamento. Os legisladores realizarão, então, uma votação nesta quinta-feira (21) sobre se o primeiro-ministro deve ser investigado por alegações de que ele enganou os parlamentares ao dizer mais de uma vez que seguiu as regras de contenção à doença.
Ele afirmou que não enganou deliberadamente o Parlamento e, quando perguntado se havia mentido propositalmente, disse que “não”.
“Aproveito esta oportunidade no primeiro dia de sessão disponível para repetir minhas sinceras desculpas à Câmara (dos Comuns). Assim que recebi a notificação, reconheci a mágoa e a raiva, e disse que as pessoas tinham o direito de esperar o melhor de seu primeiro-ministro”, disse Johnson aos legisladores, acrescentando que inicialmente não havia percebido que a festa violava as regras.
“Não me ocorreu então, ou posteriormente, que uma reunião na Sala do Gabinete pouco antes de um encontro vital sobre a estratégia contra a Covid pudesse constituir uma violação das regras. Repito que foi meu erro e peço desculpas por isso, sem reservas”, pontuou.
Parlamentar pede renúncia do primeiro-ministro
Um parlamentar de alto escalão do Partido Conservador do Reino Unido pediu a renúncia de Boris Johnson, dizendo que não acredita que “ele seja digno do grande cargo que ocupa”.
Mark Harper, um ex-chefe que ajudou a manter a disciplina do partido, disse a Johnson na Câmara dos Comuns que ele precisava sair do cargo depois de ser multado pela polícia por violar suas próprias regras contra a Covid-19. Harper também apresentou uma carta de desconfiança ao primeiro-ministro.