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    BC russo sinaliza mais cortes de juros e retorno à meta de inflação em 2024

    Presidente do banco central da Rússia, Elvira Nabiullina, disse que levará dois anos para reduzir a inflação à meta de 4%, à medida que a economia se adapta ao impacto de sanções ocidentais

    Presidente do BC da Rússia, Elvira Nabiullina
    Presidente do BC da Rússia, Elvira Nabiullina June 27, 2019. REUTERS/Evgenia Novozhenina/File Photo

    da Reuters

    A presidente do banco central da Rússia, Elvira Nabiullina, sinalizou nesta segunda-feira (18) um novo corte de juros e disse que levará dois anos para reduzir a inflação para sua meta de 4%, à medida que a economia se adapta ao impacto de sanções ocidentais.

    “O período em que a economia pode viver de reservas é finito. E já nos segundo e terceiro trimestres entraremos em um período de transformação estrutural e de busca por novos modelos de negócios”, disse Nabiullina em seu discurso mais significativo desde que a Rússia enviou suas forças à Ucrânia, em 24 de fevereiro.

    Ela disse aos membros do Parlamento que isso será acompanhado por um aumento nos preços de certos bens, de modo que a inflação – que atingiu 17% ao ano em março – ficará acima da meta. Mas isso será causado pela baixa oferta, não pela demanda alta.

    “Portanto, não tentaremos reduzi-la de forma alguma –isso impediria que os negócios se adaptassem”, disse ela. Mas “o crescimento da inflação não deve ser incontrolável” e a política monetária do banco a trará de volta à meta de 4% em 2024.

    O adiamento da meta de inflação do banco central destacou o desafio que Nabiullina, uma das autoridades de política monetária mais respeitadas do mundo, enfrenta conforme tenta estabilizar a economia da Rússia, que está sob ataque de sanções ocidentais.

    Nabiullina elevou a principal taxa de juros da Rússia para 20%, de 9,5%, em 28 de fevereiro, quatro dias depois que as forças russas entraram na Ucrânia. Mas depois, em 8 de abril, a reduziu para 17%.

    Nesta segunda-feira, ela sinalizou que tentará cortar os custos dos empréstimos ainda mais.

    “Devemos ter a possibilidade de reduzir a taxa básica mais rapidamente”, disse Nabiullina. “Devemos criar condições para aumentar a disponibilidade de crédito para a economia.”

    Ela também disse que Moscou planeja tomar medidas legais sobre o bloqueio de ouro, moedas estrangeiras e outros ativos pertencentes a residentes russos, acrescentando que tal medida precisaria ser minuciosamente pensada.