Rússia sanciona Johnson e intensifica ataques na Ucrânia; explosão em Kiev deixa morto e feridos
Primeiro-ministro britânico está proibido de entrar na Rússia, que continua com sua ofensiva na Ucrânia
A Rússia anunciou sanções ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson neste sábado (16), enquanto intensifica os ataques em vários locais no leste da Ucrânia, principalmente nas regiões da Kharkiv, Luhansk e Donetsk, segundo oficiais militares e regionais ucranianos.
Johnson, sua antecessora Theresa May, a secretária de Relações Exteriores Liz Truss, o secretário de Defesa Ben Wallace e outros membros do governo britânico foram proibidos de entrar no território russo, em resposta às sanções britânicas.
O Reino Unido havia juntado-se a outras nações ocidentais na imposição de sanções restritivas à Rússia em meio à invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin.
Em meio às sanções, a Rússia continua em sua ofensiva. A capital Kiev foi alvo de ataques russos nesta manhã, com bombardeios que levaram à morte de uma pessoa e outras feridas.
Autoridades locais disseram que dois civis morreram e outros quatro ficaram feridos em todo o país após ataques russos neste sábado.
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A Rússia pretende bloquear a cidade de Kharkiv, que continua a ver bombardeios persistentes, e concentrara até 22 grupos táticos de batalhão em torno de Izyum, de acordo com o governo ucraniano. Um grupo tático de batalhão normalmente compreende cerca de 1.000 soldados.
Em torno de Slobozhansky, que é uma área ao sul de Kharkiv, “o foco principal do inimigo russo está no reagrupamento e fortalecimento das tropas”, afirmaram as Forças Armadas da Ucrânia.
“Os principais esforços do inimigo estão focados em manter as posições anteriormente ocupadas”, disse a Ucrânia, observando o desdobramento de unidades russas adicionais.
Na região de Donetsk, os esforços russos se concentraram em tomar as cidades de Popasna e Rubizhne, além de estabelecer controle total sobre a cidade portuária estratégica de Mariupol, ressaltou o comunicado.
O governo ucraniano também informou sobre fogo constante contra suas tropas em torno de Popasna, dizendo que as forças russas estão “tentando melhorar a situação tática e avançar profundamente no assentamento de Popasna”, mas acabaram frustradas.
Foram relatados bombardeios intensificados ao redor da cidade de Severodonetsk, “a fim de infligir perdas, esgotar tropas e possivelmente se preparar para operações ofensivas”, bem como bombardeios mais ao sul em Toretsk.
Uma pessoa foi morta em Kreminna, a noroeste de Severodonetsk, disse uma autoridade local.
Os esforços continuam para levar os moradores das cidades de Rubizhne e Kreminna à segurança em meio a intensos combates na área, disse Serhii Haidai, chefe da administração regional de Luhansk. Ele acrescentou que não há água ou gás em Severodonetsk.
No sexta-feira (15), 10 ataques inimigos russos foram contidos nas regiões de Donetsk e Luhansk.
“Os principais eventos sobre os quais falaremos nos próximos dias, ou melhor, semanas, serão eventos relacionados aos combates no Donbas ucraniano”, disse Vadym Denysenko, assessor do Ministério do Interior ucraniano, neste sábado (16).
Os ataques com mísseis russos se expandiram para outras áreas além da região de Donbas, dizem autoridades ucranianas.
Uma pessoa foi morta em um ataque a uma vila perto da cidade de Poltava, segundo Dmytro Lunin, chefe da administração militar de Poltava.
O principal general do país disse que conversou com o principal oficial militar dos EUA na sexta-feira.
Valery Zaluzhny afirmou que discutiu os “combates pesados na fronteira Kharkiv-Izyum, dissuasão da ofensiva russa nas regiões de Luhansk e Donetsk, a situação crítica em torno de Mariupol e disparos de foguetes em toda a Ucrânia”, com o presidente do Estado-Maior Conjunto, General Mark Milley.
“Reiterei as necessidades urgentes das Forças Armadas da Ucrânia em armamentos e munições para fortalecer nossas capacidades de defesa”, acrescentou Zaluzhny.
A notícia chega enquanto os preparativos russos continuam no leste da Ucrânia para uma operação ofensiva.