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    Não podemos esquecer que Rússia tem um dos maiores arsenais nucleares, diz professora

    Em entrevista à CNN, Fernanda Magnotta comentou o alerta feito pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre o risco do uso de armas nucleares por parte da Rússia

    Anna Gabriela CostaLudmila Candalda CNN , em São áulo

    Em entrevista à CNN, nesta sexta-feira (15), a coordenadora do curso de Relações Internacionais da FAAP, Fernanda Magnotta, comentou sobre os riscos do uso de armas nucleares pela Rússia após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertar em entrevista que o “mundo deve se preparar para a chance de Putin usar armas nucleares”. 

    “Quando a gente pensa em armas nucleares a gente não pode esquecer que a Rússia tem um dos maiores arsenais do mundo, as estimativas giram em torno de 5 a 6 mil ogivas nucleares, e dessas armas existem aquelas que são consideradas estratégicas e as que são consideradas táticas”, disse a professora.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse à CNN nesta sexta-feira que “todos os países do mundo” devem estar preparados para a possibilidade de o presidente russo, Vladimir Putin, usar armas nucleares táticas em sua guerra contra a Ucrânia.

    Zelensky disse a Jake Tapper, da CNN, em uma entrevista exclusiva no gabinete do presidente em Kiev, na sexta-feira (15), que Putin poderia recorrer a armas nucleares ou químicas porque não valoriza a vida do povo da Ucrânia.

    Segundo Fernanda, a discussão que tem ocorrido agora na Ucrânia é porque embora a Rússia tenha parte desse arsenal sempre de prontidão, a doutrina que orienta o uso desse arsenal é um pouco imprecisa.

    “Os documentos oficiais da Rússia falam que as armas nucleares apenas seriam utilizadas em caso de ameaça existencial à Rússia, o problema é que além disso ser amplo, vago e permitir diversas manobras de narrativa, vem acompanhado ainda de uma série de denúncias, sobretudo pela CIA”, afirma.

    A especialista acrescentou que neste momento as armas nucleares podem estar sendo vistas como uma forma de criar ainda mais caos no conflito.

    “Existe também um risco concreto, uma ameaça que se avizinha, que tem o tempo todo chamado atenção das forças de segurança ocidentais e principalmente da CIA”.

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