Autoridade ucraniana afirma que 5 morreram em ataque com bombas de fragmentação
Outras 15 pessoas ficaram feridas; um dos mortos pegou granada não detonada
Cinco moradores foram mortos e outros 15 ficaram feridos nesta sexta-feira (15) por munições de fragmentação espalhadas na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, afirmou o governante da cidade, Vitaliy Kim, pelo Telegram. Um dos mortos pegou uma granada não detonada, afirmou a autoridade.
“Repetindo mais uma vez, não toquem em objetos estranhos. Pode ser fatal”, alertou.
A CNN não pode verificar de forma independente as alegações do governador, no entanto, a Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) na Ucrânia disse anteriormente que recebeu alegações críveis de que as forças armadas russas usaram munições de fragmentação em áreas povoadas da Ucrânia.
A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) também confirmou o uso de munições cluster pela Rússia durante o conflito.
“As munições de fragmentação representam uma ameaça imediata para os civis durante o conflito, espalhando aleatoriamente submunições ou bombas em uma área ampla”, de acordo com a HRW.
Em 2008, mais de 100 países nas Nações Unidas assinaram a proibição de munições de fragmentação, de acordo com a ONU. No entanto, Ucrânia e Rússia não assinaram o acordo.
Retaliação
A Ucrânia disse que dois de seus mísseis antinavio atingiram o cruzador Moskva, enquanto o Kremlin disse apenas que um incêndio a bordo levou ao eventual naufrágio da principal embarcação de sua frota do Mar Negro.
Humeniuk disse que “quando a munição detonou, isso mostrou que eles estavam carregados o suficiente para continuar destruindo a Ucrânia. O impacto levou à detonação da munição, eles começaram a lutar pela sobrevivência”.
“Vimos outros navios tentando ajudar o cruzador, mas até a natureza estava do lado da Ucrânia, porque a tempestade não permitiu realizar uma operação de resgate ou evacuar o pessoal”, continuou ela.
Humeniuk fez referência a ataques de mísseis russos no sul desde a noite de quinta-feira após o ataque ao Moskva.