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    Motociata com Bolsonaro nesta sexta deve custar ao menos R$ 1 milhão aos cofres públicos

    Informação é do governo de São Paulo; levantamento da CNN mostra que as anteriores já custaram R$ 7 milhões

    Vital NetoJosé Britoda CNN , São Paulo

    O Governo de São Paulo revelou à CNN que a estimativa da Secretaria de Segurança Pública para fazer a segurança da motociata com participação confirmada do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta sexta-feira (15) será de aproximadamente R$ 1 milhão. Com isso, o total gasto em motociatas pela presidência e pelos estados, desde 2021, chega a R$ 7,92 milhões.

    O trajeto do passeio desta sexta terá cerca de 120 km entre as cidades de São Paulo e Americana. Em entrevista à TV Aratu, ontem (13), o presidente disse que o evento servirá para “enaltecer os valores da família, o patriotismo e em parte para defender o governo”.

    Entre maio e novembro de 2021, Bolsonaro participou de pelo menos 10 motociatas organizadas por seus apoiadores fora de Brasília, cujas viagens tiveram custo total de R$ 4,37 milhões para a Presidência da República.

    O envolvimento do presidente em motociatas, no entanto, teve custo maior do que aquele gasto pela Presidência da República. Um levantamento da Agência CNN apontou um gasto adicional de pelo menos R$ 2,53 milhões.

    Este custo extra diz respeito às despesas com segurança pública dos estados onde as motociatas aconteceram. Apenas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul divulgaram seus gastos. A participação de Bolsonaro em motociatas, portanto, teria custado, pelo menos, R$ 7,92 milhões aos cofres públicos.

    Quando se somam os custos da SGPR com as despesas dos estados, a motociata realizada em São Paulo, em 12 de junho, foi a mais cara, com custo total de R$ 1,8 milhão. Deste valor, R$ 482 mil foram gastos pela SGPR e R$ 1,32 milhão pelo estado.

    Se for considerado apenas o custo para a SGPR, a motociata mais cara foi a de Chapecó, realizada em 26 de junho, cuja participação de Bolsonaro custou R$ 500 mil à Presidência.

    Algumas das motociatas foram marcadas por polêmicas. Em maio, no Rio de Janeiro, o presidente discursou para apoiadores e criticou as medidas adotadas por governadores durante a pandemia da Covid-19.

    Parlamentares criticaram Bolsonaro e pediram investigações pelo uso de recursos públicos em atos cuja finalidade não seria justificada, pois somente o custo com segurança para o estado do Rio de Janeiro teria custado R$ 538 mil..

    Dias depois, o governo de São Paulo multou o presidente por não utilizar máscara durante a motociata realizada na capital, em 12 de junho. Segundo o governo paulista, 6,7 mil policiais foram mobilizados e o custo do estado com a segurança do ato chegou a R$ 1,32 milhão.

    Nas motociatas realizadas em Santa Catarina e no Pernambuco, o presidente reclamou da atuação de senadores na CPI da Pandemia, defendeu o voto impresso, criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e chegou a falar em ruptura da democracia.

    A CNN procurou a Presidência da República e aguarda um posicionamento.

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