Ator Cuba Gooding Jr. se declara culpado por “contato não consensual” em boate
Vencedor do Oscar em 1996, ator assumiu ter tocado à força uma mulher em uma casa noturna de Nova York em 2018
O ator Cuba Gooding Jr. se declarou culpado nesta quarta-feira (13) de uma acusação por ter tocado à força uma mulher em uma boate de Nova York em 2018, como parte de um acordo com promotores que poupa o artista, vencedor do Oscar, de qualquer prisão imediata.
A confissão de culpa, na qual Gooding também admitiu no tribunal ter submetido duas outras mulheres a “contato físico não consensual” em 2018 e 2019, ocorreu três anos depois de ele ter sido preso, disse a promotoria de Manhattan em comunicado.
Sob o acordo de confissão, se Gooding, de 54 anos, continuar a receber aconselhamento judicial por seis meses, ele poderá retirar sua alegação de contravenção e se declarar culpado de uma violação menor de assédio. Se ele não cumprir, ele pode pegar até um ano de prisão.
O ator foi acusado de violar três mulheres diferentes em várias casas noturnas de Manhattan em 2018 e 2019. Ele se declarou culpado da acusação mais grave de beijar à força uma mulher em uma boate em setembro de 2018, disse um porta-voz do promotor público.
“Peço desculpas por fazer alguém se sentir inapropriadamente tocado”, disse Gooding ao “New York Times” no tribunal ao entrar em sua confissão de culpa.
Um representante e um advogado do ator não puderam ser contatados imediatamente para comentar.
Gooding ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu papel na comédia romântica de 1996 “Jerry Maguire” como um jogador de futebol volátil que se torna o único cliente de seu agente esportivo, exigindo que Tom Cruise “me mostre o dinheiro”.
Duas décadas depois, Gooding interpretou O.J. Simpson na minissérie de televisão “The People v. O.J. Simpson”.
Horas após o pedido, um juiz federal de Manhattan rejeitou a oferta de Gooding de arquivar um processo civil de US$ 6 milhões de uma mulher que disse que Gooding a estuprou duas vezes em 2013 no hotel Mercer, no distrito de SoHo, em Manhattan.
O juiz distrital dos EUA, Paul Crotty, disse que a mulher não demorou muito para processar, esperando até 2020 para invocar uma lei da cidade de Nova York que protege vítimas de violência motivada por gênero.
Gooding disse que uma lei diferente com um prazo de prescrição de um ano deveria ter sido aplicada. Ele negou as acusações.