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    CNC projeta aumento na expectativa de vendas do comércio para 2022

    Otimismo da Confederação vem logo após o IBGE divulgar nesta quarta-feira (13) o resultado de aumento para o setor

    Elis Barretoda CNN Rio de Janeiro

    A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção de crescimento do setor comercial para 1,1% neste ano. Anteriormente, a previsão da entidade era de crescimento de 0,5%.

    A análise do economista da CNC, Fabio Bentes, é que a queda nos preços do atacado impulsione as compras no comércio varejista. Segundo ele, a desaceleração dos preços é fundamental, mesmo diante da alta inflação.

    “Os preços no varejo devem perder força ao longo do ano, e a expectativa de uma inflação menor em dezembro converge para esse cenário. Então, com um crescimento atual de 22% nos preços no acumulado dos últimos 12 meses, os preços no varejo dificilmente crescerão dois dígitos neste ano, e a tendência é que o processo inflamatório dos preços ceda”, destaca o especialista.

    A estimativa aconteceu logo após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) nesta quarta-feira (13). Segundo o índice, no mês de fevereiro deste ano, as vendas do comércio varejista cresceram 1,1% em fevereiro, na comparação com janeiro.

    A categoria com maior alta e, incentivada principalmente pelo retorno presencial das atividades escolares, foi a de livros, jornais e papelaria. Para Bentes, o crescimento de 42,8% em fevereiro não representa o consumo sazonal da volta às aulas, mas a oscilação constante do setor. Entretanto, na comparação com fevereiro do ano passado, o volume de vendas do setor cresceu 18,5%, demonstrando o impacto do retorno presencial nas escolas.

    Apenas dois dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE apresentaram variações negativas em fevereiro, frente ao mês anterior: artigos farmacêuticos, com queda de 5,6%, e materiais de construção, com recuo de 0,4%.

    Para Bentes, os dados devem ser comemorados, mas destaca que o comercio de bens essenciais ainda é o principal foco de consumo do brasileiro. De acordo com o economista, dos dez segmentos pesquisados pelo IBGE, quatro já estão com geração de receita acima do verificado em fevereiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19.

    O comércio de combustíveis e lubrificantes teve a segunda maior alta no volume de vendas, com variação positiva de 5,3% de fevereiro para janeiro de 2022. Segundo Fabio Bentes, na próxima divulgação do índice, a categoria irá apresentar uma queda, por conta do reajuste de preços da Petrobras, anunciado no dia 11 de março deste ano.