Páscoa deve gerar 8.500 postos de trabalho temporário, diz levantamento da Abicab
Cerca de 9 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa foram produzidos este ano
A Páscoa deste ano promete ser a mais aquecida desde o início da pandemia. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Chocolates, Amendoins e Balas (Abicab), serão gerados mais de oito mil empregos temporários para suprir a demanda deste feriado.
Mesmo com a inflação de dois dígitos ainda assombrando o consumidor, as indústrias produziram cerca de 9 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa, crescimento de 6% em comparação com o mesmo período em 2020.
O setor afirma que o preenchimento de novas vagas é pensado desde o segundo semestre de 2021, para conseguir atender as demandas das vendas.
Lucaino Salamacha, professor de estratégia e negócios da FGV afirmou que “as empresas aproveitam esse momento para substituir profissionais que por algum motivo vieram com extrema qualificação do mercado por aqueles que não tinham tanta qualificação, tanto desempenho”.
Ainda que os empregos inicialmente tenham validade, estabelecimentos do setor não descartam transformar os postos de trabalhos temporários em permanentes, mas dependem de alguns fatores para essa concretização.
“Todo trabalho temporário pode ser efetivado de acordo com a capacidade do trabalhador, então quanto mais ele se mostrar interessado e der retorno, maiores as chances de ser integrado ao mercado de trabalho”, disse Samira Gontijo, diretora comercial da Dengo Chocolates.
A pesquisa da Abicab também apontou uma mudança no perfil dos consumidores, que passaram a preferir o e-commerce nos últimos anos. De acordo com a entidade, 71% dos compradores optam por adquirir os tradicionais ovos de Páscoa pela internet.