Kremlin: adesão de Finlândia e Suécia à Otan não trará estabilidade à Europa
"Aliança continua sendo uma ferramenta voltada para o confronto e sua expansão não trará estabilidade ao continente europeu", afirmou porta-voz do governo russo
O Kremlin disse, nesta segunda-feira (11), que a possível adesão da Suécia e da Finlândia à aliança militar da Otan não traria estabilidade à Europa.
“Dissemos repetidamente que a aliança continua sendo uma ferramenta voltada para o confronto e sua expansão não trará estabilidade ao continente europeu”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres em uma teleconferência quando perguntado sobre a possibilidade de Suécia e Finlândia ingressarem na Otan.
Um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse, na semana passada, que a perspectiva de a Finlândia e a Suécia ingressarem na Otan fazia parte da discussão entre os ministros das Relações Exteriores da aliança militar em Bruxelas.
Mudança de cenário
Autoridades da Otan disseram à CNN que as discussões sobre a adesão da Suécia e da Finlândia ao bloco ficaram extremamente sérias desde a invasão russa à Ucrânia.
A primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, disse na sexta-feira (8) que o Parlamento de seu país deve discutir a possível adesão à Otan “nas próximas semanas”, acrescentando que espera que essas discussões terminem “antes do meio do verão”.
“Acho que teremos discussões muito cuidadosas, mas também não estamos demorando mais do que o necessário neste processo, porque a situação é, obviamente, muito grave”, disse ela.
A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, não descartou a possibilidade de adesão em entrevista à SVT no final de março.
A Suécia está realizando uma análise da política de segurança que deve ser concluída até o final de maio, e o governo deve anunciar sua posição após esse relatório, disse um funcionário sueco à CNN. Eles disseram que seu país poderia tornar sua posição pública mais cedo, dependendo de quando a vizinha Finlândia o fizer.
O embaixador da Finlândia nos EUA, Mikko Hautala, disse à CNN que as duas nações estão em estreita coordenação uma com a outra, mas que cada país tomará sua própria decisão independente.
*Com informações da CNN