Senador adia depoimento de ministro da Educação para depois do feriado
Presidente da comissão de educação do Senado Federal disse que decidirá após depoimento do ministro Victor Godoy se assinará lista de criação da CPI da Educação
O presidente da comissão de educação do Senado Federal, Marcelo Castro (MDB-PI), disse à CNN que decidiu adiar o depoimento do ministro interino da Educação, Victor Godoy, para depois do feriado da Semana Santa.
A intenção inicial do parlamentar era marcar o depoimento para a terça-feira (12). “Eu pensei em marcar para esta semana, mas fui desaconselhado pelo baixo quórum. Então, tomei a decisão para deixar para a próxima semana”, disse.
O senador afirmou que são “gravíssimos” os indícios de irregularidades no Ministério da Educação, mas que não pretende se antecipar. E que, por isso, irá aguardar o depoimento do ministro interino para decidir se assinará o requerimento de criação da CPI do MEC.
“Ainda que os fatos se apresentem gravíssimos, temos de dar a possibilidade de defesa. A nossa ideia é ouvir todos e depois fazer um juízo da necessidade de uma investigação mais profunda, como a criação de uma CPI”, afirmou.
Neste final de semana, os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton Rocha (PDT-MA) retiraram suas assinaturas para a instalação da comissão de inquérito, reduzindo para 24 o total de apoios – faltando três para atingir o mínimo necessário para dar procedimento ao processo de abertura das investigações.
Se atingir novamente as 27 assinaturas, o documento vai ao plenário para a leitura do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que decide sobre a abertura da comissão.
A crise no Ministério da Educação começou após o jornal “Folha de S.Paulo” ter revelado um áudio do então ministro Milton Ribeiro dizendo que municípios próximos ao pastor Gilmar Santos teriam prioridade em suas demandas.
Em depoimento à Polícia Federal, Ribeiro confirmou a autoria do áudio, mas afirmou que a gravação foi tirada de contexto.