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    Inflação da China supera previsões em março com maior pressão de oferta

    Índice de preços ao produtor subiu 8,3% mês passado em relação ao ano anterior, mostraram dados do NBS; em resposta, preços ao consumidor subiram 1,5%

    Consumidora compra verduras em mercado em Pequim
    Consumidora compra verduras em mercado em Pequim 14/01/2022REUTERS/Tingshu Wang

    da Reuters

    Os preços ao produtor e ao consumidor da China subiram mais do que o esperado em março.

    Estão entre as causas a invasão da Ucrânia pela Rússia, gargalos persistentes na cadeia de suprimentos e problemas de produção causados ​​por surtos locais de Covid-19 se somando a pressões sobre os custos das commodities.

    O aumento nos custos das matérias-primas está prejudicando as economias em todo o mundo, e na China levantou dúvidas entre alguns analistas sobre o quanto seu banco central será capaz de aliviar a política monetária.

    O índice de preços ao produtor da China (PPI) subiu 8,3% em março em relação ao ano anterior, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) nesta segunda-feira (11).

    Embora tenha sido abaixo dos 8,8% vistos em fevereiro, superou a previsão de um aumento de 7,9% levantada em pesquisa da Reuters.

    As pressões de alta elevaram os preços ao consumidor, que subiram 1,5% em relação ao ano anterior, maior aumento em três meses, acelerando de 0,9% em fevereiro e superando as expectativas de 1,2%.

    Analistas do Nomura disseram que possíveis atrasos no plantio de safras causados ​​por novos surtos de Covid-19 no país e o conflito na Ucrânia podem criar novas pressões sobre os preços dos alimentos no segundo semestre do ano.

    “O aumento da inflação dos preços de alimentos e energia limita o espaço para o Banco Popular da China cortar as taxas de juros, apesar da economia em rápida deterioração”, disse Nomura em nota.

    Embora o aumento anual do PPI tenha sido o menor desde abril de 2021, isso se deve principalmente às comparações mais baixas do final de 2020 e início de 2021 observadas nos meses anteriores.

    O aumento mensal de 1,1%, entretanto, foi o maior em cinco meses, impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo doméstico e metais não ferrosos devido a fatores geopolíticos, disse o NBS.