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    Indicado a presidente da Petrobras preenche requisitos básicos, dizem fontes da estatal

    Ainda não se sabe, no entanto, se a análise completa vai ficar pronta a tempo de o nome dele ter sinal verde para posse na Assembleia Geral da próxima quarta-feira (13)

    Pedro DuranBeatriz Puenteda CNN no Rio de Janeiro

    O químico e especialista em engenharia de materiais José Mauro Coelho preenche os requisitos básicos para ser presidente da Petrobras. A conclusão é de pessoas que acompanham o processo interno de checagem em torno do nome do indicado da Presidência da República para assumir a estatal.

    Coelho ficou 42 meses como Diretor de Estudos do Petróleo Gás e Biocombustíveis, segundo nível hierárquico da EPE. A Política de Indicações para a Alta Administração da Petrobras exige menos que isso, 36 meses no cargo.

    A avaliação da equipe de Recursos Humanos poderia inclusive aceitar o cargo de Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, onde ele ficou 19 meses, como cumulativo para a experiência.

    Ao todo, o ex-servidor passou pouco mais de 14 anos no setor público atuando na área de Petróleo e Gás, quatro anos a mais do que o exigido pela estatal. Com doutorado em Planejamento Energético pelo Programa de Planejamento Energético (PPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Coelho preenche outro pré-requisito para assumir o cargo: em pós-graduação.

    Coelho deixou a função no Ministério de Minas e Energia em outubro do ano passado e estava fazendo quarentena para ir ao setor privado. O período de resguardo terminaria em 29/4. Na época da saída, a pasta emitiu uma nota informativa dizendo que após esse período, o químico retornaria “ao setor energético nacional, agora para assumir novos desafios na iniciativa privada brasileira”.

    Embora ainda houvesse dúvidas sobre a data em que poderia assumir, o Comitê de Ética Pública da Presidência da República afirmou que “se entendeu pela imposição de quarentena ao consulente, pelo período de seis meses a contar do desligamento do cargo público ocupado”.

    Na ata da reunião realizada em outubro de 2021, o colegiado definiu que Coelho deveria “resguardar, a qualquer tempo, as informações privilegiadas a que tenha tido acesso” mas que “por se tratar de empregado público do quadro permanente, não coube à Comissão de Ética Pública manifestar-se em relação a eventuais impedimentos referentes à carreira pública do consulente”. Nesse sentido, não haveria motivo para ele esperar o fim do período caso assuma o comando da estatal.

    Ainda não se sabe se os dossiês de Background Check vão ficar prontos até a segunda-feira para a reunião do Comitê de Elegibilidade da Petrobras. São dois documentos: um que investiga a integridade do candidato, feito pela área de Compliance, e outro que investiga a experiência profissional, feito pelo RH. Funcionários da estatal estão debruçados sobre o assunto para tentar conseguir a análise a tempo de ser discutida na segunda, enviada à CVM na terça e discutida na Assembleia Geral na quarta-feira, dia 13.