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    Brasil ganha 2 posições e fica em 22º lugar em ranking de confiança de investidores

    Apesar do avanço, país ainda está muito longe de seus tempos "áureos" como destino de investimento estrangeiro, quando chegou ao 3º lugar da lista

    Lucas Agrela, do Estadão Conteúdo

    O Brasil subiu duas posições no ranking de países que mais recebem investimentos do exterior, de acordo com o Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro, elaborado pela consultoria Kearney.

    O país saltou da 24.ª para a 22.ª posição no levantamento mundial, realizado em janeiro.

    Apesar do avanço, o Brasil ainda está muito longe de seus tempos “áureos” como destino de investimento estrangeiro — em 2012 e 2013, por exemplo, o país ficou na terceira posição da lista.

    “Há bons sinais de recuperação, mas já estivemos lá em cima no ranking. À medida que a situação política e econômica do país piorou, a confiança do investidor caiu”, afirma Sachin Mehta, sócio da Kearney Brasil.

    “Ainda assim, o Brasil não é uma economia que o investidor possa se dar ao luxo de estar fora. É um mercado diferente, com riqueza natural e força em commodities.”

    Em 2016, o país ocupava o 12.º lugar, caindo 13 posições em 2018 e saindo no ano seguinte do ranking (que contabiliza somente os 25 primeiros colocados). O país voltou à lista em 2020, na mesma posição que a atual (22.ª).

    Apesar de o país ter voltado a figurar na lista, isso pode refletir mais uma queda de outras nações do que um grande avanço brasileiro. Neste ano, a estimativa é de entrada de US$ 55 bilhões em capital estrangeiro, abaixo dos US$ 69,2 bilhões de 2019.

    Os motivos para o avanço do país em 2022 são o aumento dos preços de matérias-primas e a redução de restrições para conter a Covid-19. Esses fatores fizeram o Brasil crescer no cenário econômico internacional mesmo com desafios como a alta da inflação, a explosão dos juros e o risco associado às próximas eleições presidenciais.

    Segundo análise da XP Investimentos, os principais investidores da Bolsa brasileira em 2022 são investidores estrangeiros (53%), instituições (25,4%) e pessoas físicas (16,5%).

    O Brasil é uma das quatro economias emergentes no ranking da consultoria. China (10.º lugar), Emirados Árabes (14.º) e Qatar (24.º) também aparecem na lista de 25 países. Pelo 10.º ano consecutivo, os Estados Unidos lideraram a lista. Alemanha e Canadá completam o “pódio” deste ano. Japão e Reino Unido ocupam, respectivamente, a quarta e quinta posições.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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