Perda de valor de cinco gigantes americanas em 2024 equivale a todas da B3, aponta levantamento
Apple, Tesla, Intel, Adobe e Boeing acumularam perdas neste ano de US$ 927 bilhões; todas as empresas brasileiras na B3 valem US$ 908 bilhões
As cinco empresas dos EUA com as maiores perdas em 2024 somam uma queda de US$ 927 bilhões no valor de mercado. Este número é superior ao valor total de todas as empresas brasileiras na B3, em 23 de abril, que valem US$ 908 bilhões.
Um levantamento elaborado por Einar Rivero, sócio fundador da Elos Ayta Consultoria apontam que essas empresas americanas são: Apple, Tesla, Intel, Adobe e Boeing.
A Apple está no topo dessa lista, com uma queda de US$ 417 bilhões, um valor próximo à soma das nove maiores empresas da B3, que juntas valem US$ 424 bilhões.
A Tesla aparece em segundo lugar, com uma queda de US$ 329 bilhões, valor comparável ao somatório das seis maiores empresas listadas na B3, que juntas valem US$ 335 bilhões.
Em terceiro lugar deste ranking está a Intel, com uma perda de US$ 67 bilhões. Este valor permitiria que a companhia adquirisse todas as ações da Ambev e da Weg, que juntas valem aproximadamente US$ 67 bilhões.
A Adobe ficou em quarto lugar em termo de perdas neste ano, somando uma queda de US$ 60 bilhões, valor próximo ao da segunda maior empresa do Brasil, o Itaú Unibanco, que tem valor de mercado de US$ 57 bilhões.
No quinto lugar deste ranking, a Boeing, apresenta uma perda de US$ 54 bilhões, um valor próximo ao avaliado da Vale, que é de US$ 52 bilhões.
“No final de 2023, o valor de mercado dessas cinco empresas norte-americanas era 4,33 vezes superior ao valor total de todas as empresas listadas na B3. Já em 23 de abril de 2024, essa relação caiu para 3,85 vezes”, detalha o levantamento.
A pesquisa destaca ainda que neste ano, as cinco empresas dos EUA sofreram uma queda de US$ 927 bilhões, enquanto as empresas listadas na B3 acumularam uma perda de US$ 114 bilhões.
“Em 23 de abril de 2024, a soma de todas as empresas listadas nos EUA era de US$ 50,7 trilhões, um valor 56 vezes superior ao total das empresas listadas na B3”, aponta o levantamento.