Dia do Cão-Guia: entenda como pets auxiliam na autoestima e confiança do tutor
Mais do que acompanhantes, pets treinados promovem inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão
Importantes por fornecerem liberdade e autonomia para pessoas com deficiência visual, os cães-guias têm um dia próprio de celebração, que é comemorado nesta quarta-feira (24): o Dia Internacional do Cão-Guia.
Porém, antes de se tornarem grandes companheiros dos humanos, estes animais devem passar por um treinamento especializado, que lhes ensina uma série de habilidades.
“O treinamento de um cão-guia começa muito cedo, ainda filhotes. Eles são selecionados com base em suas características de temperamento, inteligência, obediência e disposição para o trabalho”, explica Marina Meireles, médica veterinária comportamentalista no Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.
“Durante o processo, aprendem uma variedade de comandos, desde caminhar em linha reta até desviar de obstáculos e reconhecer sinais de trânsito. Após a conclusão do treinamento, os cães são cuidadosamente combinados com um usuário, considerando fatores como estilo de vida, personalidade e preferências”, continua ela.
Muito além dos comandos básicos, os cães-guias são treinados para tomar decisões independentes, sempre focados em manter a segurança de seus tutores.
Com isso, através destes animais, as pessoas com deficiência visual ou baixa visão ganham aumento de sua confiança, autoestima, suporte prático, facilidade na mobilidade e um grande apoio emocional. Desta forma, se garante a inclusão e a igualdade social.
“Com uma grande responsabilidade, o papel desses pets na sociedade vai além da assistência física. Eles viabilizam que pessoas cegas ou com baixa visão vivam vidas plenas e produtivas, desafiando estereótipos e preconceitos, além de participar de atividades cotidianas e se integrar completamente à sociedade”, defende Marina.
Importância de respeitar o trabalho
Ainda que seja tentador interagir com um cachorro na rua, vale lembrar a necessidade de respeitar os cães-guias e entender que eles estão trabalhando quando acompanhados de seus tutores.
Por isso, evite distraí-los com carícias ou alimentos, nem mesmo chame sua atenção sem a permissão do dono. “Isso garante que o cão possa se concentrar em sua tarefa principal, que é ajudar a pessoa a chegar no seu destino”, continua a veterinária.
Aposentadoria do cão-guia
Entre os oito e dez anos de idade, estes cachorros atingem a aposentadoria. Caso apresentem algum problema de saúde, antes do tempo, que os impeça de continuar trabalhando, os cães-guias também são retirados de serviço.
Quando essas situações acontecem, os animais passam por um novo processo de adoção ou são realocados para programas de reabilitação. Enquanto isso, outros pets igualmente treinados assumem o papel de guia.
Caso o tutor decida manter os dois companheiros, é preciso harmonizar a convivência para que ambos entendam seus novos papéis.
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