China alerta para fortes medidas se presidente da Câmara dos EUA visitar Taiwan
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês pediu que a democrata Nancy Pelosi cancele uma possível viagem à ilha
A China alertou nesta quinta-feira (7) que tomará medidas fortes se a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitar Taiwan, e acrescentou que tal ação afetaria severamente as relações entre os países. Segundo fontes, Pelosi planeja viagem ao território na próxima semana.
A China considera Taiwan como seu próprio território e o assunto é uma fonte constante de atrito entre Pequim e Washington, devido ao forte apoio militar e político dos EUA à ilha.
A possível visita não foi confirmada pelo escritório de Pelosi ou pelo governo de Taiwan, mas alguns meios de comunicação japoneses e taiwaneses informaram que a viagem acontecerá depois que a democrata visitar o Japão neste fim de semana.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse a repórteres que Pequim se opôs firmemente a todas as formas de interações oficiais entre os Estados Unidos e Taiwan, e que Washington deveria cancelar a viagem .
As consequências de qualquer visita seriam causadas pelos Estados Unidos, acrescentou Lijian, sem dar detalhes.
O próximo domingo (10) marca o 43º aniversário da assinatura da Lei de Relações entre Estados Unidos e Taiwan, que orienta os laços na ausência de relações diplomáticas formais e consagra o compromisso dos EUA de fornecer à ilha os meios para se defender.
A última vez que um orador da Câmara visitou Taiwan foi em 1997, quando Newt Gingrich conheceu o então presidente Lee Teng-hui. Pelosi, crítica de longa data da China, particularmente em questões de direitos humanos, realizou uma reunião virtual com o vice-presidente de Taiwan, William Lai, em janeiro.
A presidente da Câmara americana é uma das políticos de maior destaque do Partido Democrata e é a segunda na linha de sucessão presidencial dos EUA depois da vice Kamala Harris.