Blocos de rua em SP devem acontecer em locais privados ou com controle, afirma secretário
Prefeitura afirmou que pode autorizar os desfiles no feriado de Tiradentes, desde que organizadores garantam condições de segurança e infraestrutura
O secretário das subprefeituras e integrante da Comissão de Carnaval da cidade de São Paulo, Alexandre Modonezi, afirmou à CNN na noite desta terça-feira (5) que não há condições de autorizar a realização do carnaval de rua do jeito que era antes da pandemia.
“Os desfiles dos blocos só poderão acontecer em locais privados ou com algum tipo de controle, onde os organizadores consigam garantir a estrutura e a segurança dos eventos”, afirma.
O motivo, segundo ele, é a falta de tempo para organizar o maior evento da capital, que pode reunir cerca de 18 milhões de pessoas. O secretário reforçou ainda que são necessários normalmente seis meses para a organização dos desfiles, que envolve áreas como segurança pública, atendimento médico, trânsito e licitações.
“O risco de vida envolvido é muito grande, por isso é preciso ter responsabilidade”, disse.
Mais cedo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), informou que a prefeitura pode autorizar o desfile de blocos no Carnaval, no feriado de Tiradentes, desde que organizadores garantam condições de segurança e infraestrutura.
A prefeitura já esclareceu que não tem tempo para organizar a festa de rua – que foi cancelada em janeiro por causa da variante Ômicron do coronavírus, com a anuência de entidades ligadas ao carnaval de rua.
Apesar do cancelamento dos desfiles nas ruas, o Acadêmicos do Baixo Augusta, um dos blocos mais tradicionais da capital, anunciou a realização de uma festa no Vale do Anhangabaú no feriado de Tiradentes. O espaço foi concedido à iniciativa privada, portanto, seguirá as regras até aqui estabelecidas pelo poder público.