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    “Não há nada de errado em tentar influenciar eleição”, diz defesa de Trump

    Advogado de ex-presidente faz declarações durante julgamento sobre suborno

    Da CNN

    “Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso se chama democracia”, afirmou o advogado do ex-presidente Donald Trump, nos Estados Unidos. A declaração foi feita nesta segunda-feira (22), durante o julgamento sobre o processo de suborno a atriz de filmes adultos, Stormy Daniels.

    Os promotores de Nova York afirmaram no primeiro dia do julgamento criminal de Donald Trump, que o ex-presidente violou a lei e corrompeu a eleição de 2016 ao tentar encobrir encontros sexuais com a estrela de filmes adultos, Stormy Daniels, e uma modelo da Playboy.

    A defesa de Trump negou as acusações.

    Os jurados também ouviram a primeira testemunha da acusação: o ex-publisher do National Enquirer, David Pecker, que os promotores acusam de ter participado de um esquema para acobertar histórias sobre Trump e ajudá-lo a ser eleito.

    A acusação descreveu o pagamento como um esforço criminoso para enganar os eleitores em um momento em que Trump estava enfrentando outras acusações de comportamento sexual. O ex-presidente é acusado de comprar o silêncio da atriz, com o pagamento de mais de 130 mil dólares, durante as eleições para presidente em 2016.

    “Essa foi uma conspiração planejada, coordenada e de longa duração para influenciar a eleição de 2016, para ajudar Donald Trump a ser eleito por meio de gastos ilegais para silenciar as pessoas que tinham algo ruim a dizer sobre seu comportamento”, disse o promotor Matthew Colangelo. “Foi fraude eleitoral, pura e simples.”

    Colangelo disse aos jurados que eles ouviriam Trump explicar os detalhes do esquema em conversas gravadas.

    O advogado de Trump disse ao júri que o ex-presidente não cometeu nenhum crime e afirmou que o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, não deveria ter apresentado o caso.

    “Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso se chama democracia. Eles colocam algo absurdo nessa ideia, como se fosse um crime”, disse o advogado Todd Blanche.

    Usando gravata azul e terno azul escuro, o candidato republicano à Presidência acompanhou o depoimento de Pecker e ocasionalmente conversou com seu advogado.

    Ambos os lados fizeram suas declarações de abertura no que pode ser o único dos quatro processos criminais de Trump a ir a julgamento antes de sua revanche eleitoral contra o presidente democrata Joe Biden, no final do ano.

    O caso é visto por muitos especialistas jurídicos como o menos importante dos processos contra Trump. Um veredicto de culpado não o impediria de assumir o cargo se vencer a eleição, mas poderia prejudicar sua candidatura.

    Pesquisa Reuters/Ipsos mostra que metade dos eleitores independentes e um em cada quatro republicanos dizem que não votariam em Trump se ele for condenado por um crime.

    Trump enfrenta três outras acusações criminais decorrentes de seus esforços para reverter sua derrota nas eleições de 2020 e o manuseio de documentos confidenciais após deixar a Casa Branca em 2021.

    Trump se declarou inocente nesses casos, e ele retrata todos eles como um amplo esforço dos aliados democratas de Biden para prejudicar sua campanha.

    *Com informações da Reuters

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