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    Lockdown total em Xangai é “notícia ruim” para o Brasil, avalia professora

    À CNN Rádio, Isabela Nogueira lembrou que a China corresponde a um terço da capacidade industrial do mundo

    Camila OlivoAmanda Garciada CNN Em São Paulo

    A China adotou um lockdown completo para conter um surto de casos de Covid-19 na cidade de Xangai, considerada o coração financeiro do país.

    Em entrevista à CNN Rádio, a professora do Instituto de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, Isabela Nogueira, disse que a interrupção será repercutida no Brasil.

    O porto de Xangai, por exemplo, é o maior do mundo e é parte importante da cadeia de produção nacional.

    Quando há interrupções na China, isso é significativo para todo mundo. Um terço da capacidade industrial do mundo é sediada no país; com as cadeias globais, acabam faltando produtos, partes e peças.

    Isabela Nogueira, professora do Instituto de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ

    Isso, segundo ela, é “uma notícia ruim” para o Brasil: “Estamos em uma situação complicada de inflação alta, desemprego e desigualdades.”

    Para a professora, a guerra na Ucrânia “tem dimensão mais dramática”, mas ponderou que “qualquer tipo de abalo na economia mundial, com desaceleração, acaba tendo um impacto importante.”

    “Qualquer coisa que afete a dimensão do aumento da inflação acaba sendo um cenário preocupante para o Brasil”, completou.

    Isabela reforçou que, no caso da China, o lockdown pode impedir que o país atinja a meta de 5,5% de crescimento no ano. “Nas últimas semanas, Xangai não foi a primeira a entrar no lockdown completo, Shenzhen também, que é um polo industrial.”

    A economista afirmou que as autoridades chinesas esperam uma recuperação “em v”, com uma recuperação rápida e “volta à ativa com força total”: “No entanto, os números da produção industrial divulgados na semana passada já mostravam queda”.