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    Neutralidade da Ucrânia esbarra em falta de confiança na Rússia, diz professor

    À CNN Rádio, Vinícius Rodrigues Vieira explicou o que significa o status de país neutro, reivindicado pela Rússia para chegar a um cessar-fogo

    Amanda Garcia, com produção de Bruna Salesda CNN

    O status de neutralidade para a Ucrânia é um dos principais pontos para que as negociações de paz avancem. O presidente russo, Vladimir Putin, tem essa situação de status de país neutro como uma das prioridades, enquanto o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, busca garantias de segurança para o eventual acordo.

    Mas o que significa essa neutralidade? À CNN Rádio, o professor de Relações Internacionais da FAAP e FGV, Vinícius Rodrigues Vieira, explicou que há duas vertentes.

    “Em primeiro lugar, um estado, no caso a Ucrânia, não poderia ser aliado de nenhum país, seja Rússia, Alemanha ou mesmo Estados Unidos, não poderia ter aliança militar formal ou informal com nenhum.”

    Ao mesmo tempo, “em caso de guerras ou conflitos, a Ucrânia não poderia se aliar a uma parte ou outra, deverá se manter neutra, sem ajudar nenhum lado, se os Estados Unidos enfrentaram a Rússia, por exemplo, a Ucrânia terá que ficar neutra, a neutralidade, no caso, é ficar em cima do muro.”

    Do lado da Ucrânia, o limite da neutralidade, de acordo com o professor, é não ser atacada. “Se um país ataca outro que é neutro, esse país, no caso a Rússia, se voltar a atacar após o eventual acordo, a neutralidade viraria letra morta, seria jogada no lixo.”

    Vinícius avaliou que a neutralidade é interessante porque “seria uma espécie de garantia de não se aliar a ninguém, mas espera, em contrapartida, não ser atacada, que é o caso de países europeus como Suécia, Finlândia e Suécia.”

    Um dos maiores desafios do acordo, porém, é assegurar que as partes consigam respeitar um eventual pacto: “Vai ser complicado fazer com que essa confiança exista.”

    Para isso, serão usados países garantidores, que funcionam como “fiadores do acordo”. Mesmo assim, de acordo com o especialista, também há problemas na falta da confiabilidade.

    “Como que a Rússia pode aceitar acordo em que EUA e Alemanha, França e Reino Unido como fiadoras do acordo? Putin não é confiável por parte dos ocidentais, é um beco sem saída”, completou.

     

     

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