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    Refugiados LGBTQIA+ estão mais sujeitos ao tráfico e exploração, diz especialista

    À CNN Rádio, o consultor em Direitos Humanos Alexandre Leal afirmou que a Rússia influencia negativamente Leste Europeu contra população LGBTQIA+

    Amanda GarciaLetícia BritoLetícia Vidicada CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN Rádio, no CNN no Plural, o consultor em Direitos Humanos Alexandre Leal defendeu que a situação de refugiados LGBTQIA+ – tanto no geral, quanto os da guerra da Ucrânia – é ainda mais vulnerável.

    O especialista explicou que a Rússia tem sido o país do Leste Europeu que “tem capitaneado uma ofensiva contra os direitos da população LGBT”, especialmente após a implementação da lei antipropaganda, em que conteúdos de diversidade sexual e de gênero em filmes, propagandas e mesmo nas escolas são proibidos.

    “A Polônia, em 2019, e a Hungria, em 2020, adotaram leis parecidas”, completou.

    Segundo ele, o momento da guerra traz relativa esperança para a comunidade LGBTQIA+ ucraniana, já que “é natural que quando um país inteiro se volte contra a ofensiva, que a ideologia seja rechaçada, que procure se distanciar da ideologia anti-LGBT da Rússia.”

    “Para chegar no Leste Europeu, os refugiados têm que passar pela Hungria e Polônia, que são menos inclusivos a minorias de diversidade de gênero”, avaliou.

    Alexandre ainda destacou que a população LGBTQIA+ fica mais vulnerável nessas situações de conflito armado e de fuga do país: “Elas sentem a necessidade de esconder a identidade ou adotar rotas alternativas, o que as deixam sujeiras ao tráfico, exploração e abuso.”

    “Apesar de países estarem sendo abertos ao êxodo, o difícil é chegar lá, passar por esses locais para chegar no destino final”, ponderou.

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