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    Nunes diz à CNN que é “tolerância zero” contra o PCC: “qualquer desvio na prefeitura, vamos excluir na hora”

    Ministério Público paulista investiga presença da facção criminosa nos serviços públicas do estado de São Paulo

    Lucas SchroederBasília RodriguesPedro DuranTeo Curyda CNN , São Paulo e Brasília

    O prefeito de São Paulo e pré-candidato à reeleição pelo MDB, Ricardo Nunes, disse à CNN nesta sexta-feira (19) que tem “tolerância zero” com o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Segundo ele, qualquer eventual irregularidade constatada na Prefeitura de São Paulo será “excluída na hora”.

    “Com a gente é tolerância zero. Sou contra saidinha, acho que temos que ter o aumento das penas. Isso é importante colocarmos de forma categórica. Temos que dar todo apoio ao Ministério Público (MP). Tive reunião com o nosso procurador-geral do MP, colocando a Prefeitura à disposição”, afirmou Nunes.

    “Qualquer situação que tenha na Prefeitura de São Paulo comprovada, é na hora, no mesmo momento, faremos a exclusão, além da contribuição e colaboração com o MP, com a Polícia Civil, que é isso que a gente precisa”, acrescentou o prefeito.

    Nas últimas semanas, o MP realizou operações voltando-se para dois focos do PCC: a atuação nas licitações de transporte público, especialmente no que diz respeito à prestação de serviço de ônibus na cidade de São Paulo e também aos contratos de limpeza urbana em cidades da região metropolitana e do interior do estado.

    Até o momento, 19 pessoas foram presas e 94 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas operações “Fim da Linha” e “Munditia”. O objetivo dos investigadores é promover um estrangulamento financeiro do PCC, que segue utilizando empresas para fazer a lavagem do dinheiro do crime, segundo investigadores.

    Os negócios feitos pelas empresas superam os R$ 5,5 bilhões, valor que deve aumentar ainda mais quando localizados os contratos supostamente fraudados na área da saúde.

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