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    Posição da China serviu de apoio à Rússia na Ucrânia, diz parlamentar da UE

    Chefe da delegação do Parlamento Europeu para as relações com a China subiu o tom às vésperas de cúpula entre europeus e chineses

    DJ Juddda CNN*

    Um importante legislador da União Europeia disse nesta terça-feira (29) que “como consequência de sua posição principal, a China deu apoio político à agressão russa contra a Ucrânia”.

    “A forma como a China lida com este conflito terá influência no futuro geral da relação entre União Europeia e China”, disse Reinhard Butikofer, chefe da delegação do Parlamento Europeu para as relações com a China.

    Falando a jornalistas antes de uma cúpula de alto nível entre a UE e a China que acontecerá na próxima sexta-feira (1), Butikofer disse: “o véu está surrado e não engana ninguém”. A Europa espera que os chineses se abstenham de apoiar ainda mais a Rússia.

    “Eu diria que temos que dizer de forma convincente ao lado chinês que, para nós, isso não é apenas um espetáculo à parte, não é apenas um conflito desnecessário que será esquecido amanhã”, disse o político alemão.

    “Este é um conflito muito fundamental, porque viola os princípios sobre os quais a ordem europeia de segurança e estabilidade foi construída ao longo de décadas.”

    Quando perguntado se ele achava que a China estava ajudando a Rússia a evitar sanções, ele disse: “os bancos comerciais da China se abstiveram de obviamente violar as sanções contra a Rússia.”

    “Acho que ainda não é possível dizer o quanto a China tem ajudado a Rússia a superar as sanções”, concluiu.

    Na cúpula de sexta-feira, a UE será representada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e se reunirá virtualmente com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, antes de falar com o presidente chinês, Xi Jinping, no final do dia.

    O Conselho Europeu disse em comunicado que “o foco principal da cúpula será a guerra na Ucrânia, o engajamento da comunidade internacional para apoiar a Ucrânia”, bem como a “dramática crise humanitária criada pela agressão da Rússia, sua natureza desestabilizadora para a ordem internacional e seu impacto global inerente.”

    Os dois lados também discutirão direitos humanos, mudanças climáticas, biodiversidade e comércio, disse.

    Neutralidade chinesa

    A China tem se declarado neutra desde o início da ofensiva russa, embora tenha manifestado seu “respeito à soberania da Ucrânia”, as autoridades e publicações oficiais não se referem a uma “invasão” da Rússia.

    Na Assembléia-Geral da ONU, o representante chinês reconheceu a “gravidade da situação humanitária na Ucrânia”. Ainda assim, o país declarou que “ninguém deveria ser obrigado a escolher um lado”.

    Países europeus e os Estados Unidos tem pressionado a China por uma postura mais clara contra a guerra, chegando a listar possíveis sanções caso os chineses apoiassem militar ou economicamente a Rússia.

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