Troca do comando da Petrobras é ruim para governança da empresa, diz economista
À CNN Rádio, Claudio Frischtak avaliou que mudança não vai mudar a política de preços da estatal
A troca do comando da presidência da Petrobras “é ruim do ponto de vista da governança da empresa”, na avaliação do economista e conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Claudio Frischtak.
O ministério de Minas e Energia anunciou, na última segunda-feira (28), que Adriano Pires vai assumir o posto no lugar do general Joaquim Silva e Luna.
“Essa troca é uma resposta que o executivo está dando à população, mas sinceramente é uma resposta infeliz”, disse, em entrevista à CNN Rádio.
Frischtak opinou que o trabalho de Silva e Luna era “correto”: “Não tinha como fugir, não podem da noite para o dia mudar a política de preços, não cabe ao presidente da República intervir dessa forma em uma empresa que não é 100% do governo.”
Ele reforçou que, dessa forma, não haverá mudança no preço dos combustíveis após essa troca.
O substituto de Silva e Luna, o economista Adriano Pires, já havia afirmado em outras ocasiões que o melhor caminho para a Petrobras seria a privatização.
Frischtak acredita que “antes de privatizar ou não, seria necessário um estudo detalhado, devido à complexidade da empresa.”
“Aqui no Brasil é possível que a melhor solução seja a divisão da Petrobras em empresas regionais, que compitam entre si, mas é necessário um trabalho de natureza técnica, que mostre qual é a melhor configuração das futuras empresas.”
O economista ainda defendeu que a importância das agências regulatórias e defendê-las de “qualquer interferência política.”