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    Dos 368 itens analisados no IPCA-15 de março, 75,5% registraram alta

    É o maior índice de difusão desde dezembro de 2015, causado principalmente pela alta da energia elétrica e dos preços dos combustíveis

    Iuri Corsinida CNN , no Rio de Janeiro

    O índice de difusão do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), divulgado na última sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atingiu seu maior patamar desde dezembro de 2015. O indicador vê o percentual de itens que registraram aumento de preço.

    Dos 368 produtos analisados, 75,5% ficaram mais caros. Segundo especialistas, o índice é efeito direto das altas registradas nas tarifas da energia elétrica e dos combustíveis ao longo dos últimos meses, que acabam impactando o preço final dos produtos vendidos aos consumidores.

    Segundo Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), os índices são uma herança muito negativa do cenário do ano passado, quando houve aumento muito significativo dos preços administrados – determinados por contrato ou por órgãos públicos e menos sensíveis às condições de oferta e de demanda.

    “O que estamos vendo agora é um transbordamento do preço das tarifas, especialmente energia e combustíveis, para os preços livres. Isso criou dois efeitos muito marcantes. Levou o índice de difusão do IPCA ao maior patamar desde dezembro de 2015 e uma grande e diversa quantidade de itens registrando aumento de preços em março”, disse o economista.

    O que mais chamou atenção para o especialista foi justamente o “fator espalhamento” das altas. Ou seja, foram diversos produtos distintos subindo num patamar mais acelerado.

    Os 10 subitens que mais contribuíram com as variações de preços foram, nesta ordem, a gasolina, energia elétrica residencial, automóvel novo, gás de botijão, refeição, aluguel residencial, passagem aérea, automóvel usado, café moído e etanol.

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