Dólar deve continuar caindo no curto prazo, diz ex-diretor do Banco Mundial
Movimento, no entanto, não deve se sustentar até o fim do ano, diz Carlos Braga, professor da Fundação Dom Cabral e ex-diretor do Banco Mundial
A desvalorização do dólar frente ao real foi um dos destaques do mercado financeiro desta semana, na qual a moeda norte-americana caiu 5,38% em comparação à brasileira. Na sexta-feira, o dólar fechou o dia valendo R$ 4,75, o menor valor desde março de 2020, mês que marcou o início da pandemia.
Esse movimento de queda deve continuar sendo visto no curto prazo, segundo Carlos Braga, professor da Fundação Dom Cabral e ex-diretor do Banco Mundial. No entanto, não deve se sustentar até o fim do ano.
“No curto prazo, a minha expectativa é que continue, por conta da taxa real de juros (descontada inflação) no Brasil entre as mais elevadas do mundo. Mas a realidade é que, com o aumento da inflação, o ruído que inevitavelmente teremos ao longo do ano eleitoral e dúvidas sobre a evolução da situação fiscal brasileira, eu não acredito que isso vai perdurar”, disse em entrevista à CNN neste domingo (27).
Braga diz ainda que, considerando as previsões do mercado financeiro paa que o dólar feche o ano por volta de R$ 5,30, esse seria um bom momento pra comprar a moeda. “Mas temos que reconhecer que esse é um preço extremamente volatil”.
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*Publicado por Ligia Tuon