Macron deve falar com Putin sobre evacuação de civis de Mariupol nesta sexta (25)
Esta seria a segunda ligação nesta semana entre os presidentes da Rússia e França
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira (25) que espera ter mais conversas “nas próximas horas” com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a situação na Ucrânia e quaisquer planos para ajudar as pessoas a deixarem Mariupol.
O porto de Mariupol, no sudeste, uma cidade de 400.000 habitantes antes da guerra, está entre os mais atingidos pelo bombardeio russo.
Ambos também conversaram na terça-feira (22), ocasião em que discutiram as condições para a paz entre Rússia e Ucrânia, segundo informações da agência de notícias russa Interfax. O presidente francês tem sido um dos principais interlocutores do conflito entre os líderes europeus.
Mariupol foi lembrada na ligação, disse um informe do Palácio do Eliseu, sede do governo francês. “O presidente [Macron] pediu-lhe medidas concretas e verificáveis para levantar o cerco a Mariupol, permitindo o acesso humanitário e um cessar-fogo imediato”.
Estimativas dão conta que dezenas de milhares de pessoas ainda estejam presas com pouco acesso à comida, energia ou aquecimento, enquanto a cidade ao seu redor foi reduzida a ruínas.
Segundo autoridades ucranianas, pelo menos 100 mil civis querem fugir de Mariupol, mas não conseguiram devido à falta de corredores seguros para sair da cidade portuária sitiada.
Moscou sinalizou, também nesta sexta-feira, que está reduzindo suas ambições na Ucrânia para se concentrar no território reivindicado por separatistas apoiados pela Rússia, enquanto as forças ucranianas iniciam a ofensiva para recapturar cidades nos arredores da capital Kiev.
Veja 10 imagens que marcam um mês de guerra na Ucrânia
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Após o presidente Vladimir Putin fazer um pronunciamento autorizando uma "operação militar especial" na Ucrânia, primeiras explosões foram registradas na capital Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiro • Gabinete do Presidente da Ucrânia
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Um comboio de tropas russas com quilômetros de extensão se desloca na Ucrânia, em direção à Kiev. Na última semana, autoridades britânicas afirmaram que a longa fila de veículos militares estaria parada • Maxar
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Desde o início da guerra, pelo menos 3,3 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, segundo dados da ONU. Cerca de 6,5 milhões se deslocaram dentro do território ucraniano • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Milhares de pessoas foram presas em protestos antiguerra na Rússia ao longo dos dias de guerra na Ucrânia • Anadolu Agency via Getty Images (27.fev.2022)
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Um fluxo de pessoas que passava por um posto de controle tentando deixar a cidade de Irpin, no dia 6 de março, foi atingido por um ataque de projéteis. Três pessoas foram mortas, disseram autoridades ucranianas, incluindo duas crianças. • Carlo Allegri/Reuters (07.mar.2022)
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Em 4 de março, um tiroteio entre forças russas e ucranianas causaram um incêndio no complexo onde fica localizada a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior desse tipo em toda a Europa. Os confrontos não chegaram a atingir os prédios de atividade nuclear • Reprodução
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No dia 9 de março, a Ucrânia acusou a Rússia de bombardear um hospital infantil e maternidade na cidade de Mariupol. Pelo menos uma gestante e seu bebê não resistiram aos ferimentos causados pelo ataque • Reuters
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Marina Ovsyannikova, editora de TV russa, chamou a atenção de todo o mundo após um protesto antiguerra ao vivo em um canal estatal. Depois da manifestação, Marina foi levada pela polícia e teria sido submetida à 14 horas de interrogatório • Russia Channel 1/Reprodução (14.mar.2022)
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Na quarta-feira, 16 de março, um teatro usado como abrigo em Mariupol foi atingido por um suposto ataque aéreo russo, segundo a Ucrânia. Imagens de satélite mostraram a palavra "crianças" escrita nos dois lados de edifício • Maxar Technologies
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Ataque a shopping center no distrito de Podilsky, em Kiev, deixou ao menos oito mortos. Destroços e escombros foram capturados do lado de fora • Ceng Shou Yi/NurPhoto via Getty Images (20.mar.2022)
*Com informações da CNN