ONU diz ter informações sobre existência de valas comuns em Mariupol
Representante da ONU na região afirmou ainda que "a taxa normal de mortalidade aumentou" devido à falta de alimentos e aquecimento
As Nações Unidas receberam diversas informações corroborando a existência de valas comuns na cidade sitiada de Mariupol, bem como “informações de satélite” a respeito de um desses locais, disse Matilda Bogner, chefe do monitoramento de Direitos Humanos da Missão na Ucrânia da ONU.
“Estimamos que uma dessas valas comuns contenha cerca de 200 pessoas”, disse ela em uma entrevista coletiva na sexta-feira (25).
Oficiais russos e ucranianos ainda não se manifestaram sobre a alegação da ONU.
Na coletiva, Bogner fez uma ressalva: não é garantido que todas as pessoas enterradas “sejam vítimas civis, porque quando documentamos vítimas civis, não incluímos baixas de militares e pessoas que morrem por outros motivos além de hostilidades diretas”, declarou.
Bogner fez esse apontamento enquanto pintava um quadro alarmante de uma cidade onde “a taxa normal de mortalidade aumentou” devido à falta de serviços básicos, como comida, eletricidade e água. “As pessoas que estão morrendo na cidade não são apenas vítimas civis”, enfatizou.
A Rússia continuadamente nega que tenha como alvo instalações civis, mas a cidade de Mariupol já registrou bombardeios em locais como uma maternidade, uma escola e um teatro onde se abrigavam refugiados, e está sob ataques desde o início da invasão da Ucrânia.
Negociações para a abertura de corredores humanitários, por exemplo, excluíram a região nesta semana devido à falta de consenso para a evacuação da área.
*Com informações de Giovanna Galvani, da CNN