Em um mês de guerra, 220 brasileiros deixaram a Ucrânia
Segundo o Palácio do Itamaraty, 12 de 24 brasileiros cadastrados na embaixada não querem deixar o país do Leste Europeu
Em um mês de guerra na Ucrânia, pelo menos 220 brasileiros conseguiram deixar o país do Leste Europeu e se deslocar a países fronteiriços, como Polônia e Romênia.
O balanço é do Ministério de Relações Exteriores, feito a pedido da CNN Brasil. Ao todo, 48 brasileiros retornaram ao Brasil em aeronaves pagas pelo governo brasileiro.
Segundo o governo federal, 24 brasileiros cadastrados pela embaixada brasileira na Ucrânia ainda permanecem na nação em guerra. A metade manifestou o desejo de permanecer no país europeu.
O Palácio do Itamaraty informou ainda que o escritório consular do Brasil em Lviv, cidade na região oeste da Ucrânia, tem organizado comboios regulares com destino à capital para a retirada de brasileiros.
Até o momento, seis famílias brasileiras conseguiram sair da Ucrânia com seus bebês recém-nascidos contando com apoio. E outras duas deverão fazê-lo até o fim do mês de março.
O Itamaraty informou ainda que tem recomendado aos brasileiros remanescentes na Ucrânia contatarem o escritório de apoio em Lviv, tanto aqueles que queiram deixar o país como aqueles que desejam ficar, para serem registrados.
“[O governo brasileiro] Também desaconselha enfaticamente deslocamentos de brasileiros à Ucrânia, enquanto não houver condições de segurança suficientes no país”, ressaltou.
Nesta quarta-feira (23), a proposta de resolução da Rússia sobre o conflito da Ucrânia não foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU. Apenas os embaixadores russo e chinês votaram a favor. Os outros membros se abstiveram, incluindo o Brasil.
O texto elaborado falava sobre acesso à ajuda e proteção civil na Ucrânia, mas não mencionava o papel de Moscou na crise. Para que o texto passasse, nove membros precisavam apoiar a resolução.