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    Nestlé vai suspender oferta de parte dos produtos na Rússia

    Empresa continuará fornecendo itens básicos de nutrição e higiene, assim como PepsiCo, Unilever e Procter & Gamble

    Richa Naiduda Reuters

    A Nestlé disse nesta quarta-feira (23) que interromperá a venda de vários produtos não essenciais, incluindo barras de chocolate, na Rússia diante de pressão de críticas sobre a atuação da empresa no país em meio à guerra na Ucrânia.

    O anúncio é inédito pela fabricante de alimentos, que há décadas mantém operações em zonas de guerra ao redor do mundo.

    As marcas que a companhia está suspendendo compõem a “grande maioria do volume e das vendas” na Rússia, que foram de 1,7 bilhão de francos suíços (1,82 bilhão de dólares) em 2021, disse um porta-voz. A produção desses itens também será interrompida.

    No fim de semana, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, acusou a Nestlé de não cumprir o slogan “Comida boa, vida boa”. Nos dias que antecederam seus comentários, a Nestlé já vinha recebendo críticas online de ativistas, investidores e figuras políticas sobre sua permanência na Rússia.

    A empresa disse anteriormente que interrompeu exportações e importações não essenciais na Rússia e também suspendeu toda a publicidade e investimento no país. A companhia também afirmou que não estava obtendo lucro na Rússia.

    A Nestlé não foi a única a dizer que continuará fornecendo itens básicos de nutrição e higiene, como leite e fraldas, na Rússia. PepsiCo, Unilever e Procter & Gamble também disseram que manterão oferta de produtos essenciais no país.

    “Ao se recusar a interromper as atividades comerciais na Rússia, a Nestlé permite que a guerra de agressão da Rússia na Europa continue”, escreveu no Twitter na quinta-feira o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Ivanovych Kuleba, que tem mais de 742 mil seguidores na plataforma.

    Em comunicado, a Nestlé afirmou que “apoia o povo da Ucrânia e nossos 5.800 funcionários no país”. A empresa afirmou que continuará pagando os trabalhadores na Rússia.

    Mais de 400 empresas já se retiraram da Rússia desde o início da guerra, em 24 de fevereiro, deixando para trás ativos avaliados em centenas de bilhões de dólares.

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