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    Europa não pode encerrar dependência energética da Rússia de repente, diz chanceler alemão

    Olaf Scholz afirma que acelerar o processo mergulharia o continente em uma grande recessão

    Paul CarrelMiranda MurraySarah Marshda Reuters

    “A Europa encerrará sua dependência energética da Rússia, mas fazê-lo da noite para o dia a mergulharia em recessão“, afirmou o chanceler alemão Olaf Scholz, citando que tomar a medida de forma abrupta colocaria em risco “centenas de milhares de empregos e setores industriais inteiros.”

    Em discurso sobre orçamento ao Parlamento alemão, Scholz adotou um tom mais cauteloso sobre a redução da dependência energética da Alemanha em relação à Rússia do que alguns de seus ministros, que deixaram em aberto a possibilidade de impor sanções energéticas, ainda que apenas em teoria, por enquanto.

    “Sim, vamos acabar com essa dependência o mais rápido possível. Mas fazê-lo da noite para o dia significaria mergulhar nosso país e toda a Europa em uma recessão”, disse Scholz ao Bundestag, a câmara baixa do parlamento.

    “Centenas de milhares de empregos estariam em risco. Setores inteiros da indústria estariam à beira do colapso”, disse ele. “As sanções não devem prejudicar mais os estados europeus do que os líderes russos.”

    Na segunda-feira (21), o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que novas sanções devem ser aplicadas à Rússia: “essa medidas constituem uma parte importante da nossa abordagem para frear os ataques.”

    A abordagem foi defendida também pelo premiê tcheco, Petr Fiala, em postagem no Twitter: “devemos continuar pressionando por mais sanções, é a única maneira de deter Putin.”

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