“Todas as CPIs são ruins para o governo”, diz integrante da mesa diretora da Câmara
Em funcionamento, criariam situações para que o governo tenha o desgaste de se explicar ao Congresso com ida de ministros à CPI e compartilhamento de dados
A oposição comemora o aceno do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de instalar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). A Casa legislativa iria do zero ao cinco, já que atualmente não há nenhuma CPI em funcionamento por lá.
Investigação sobre aumento do uso de crack no país; suposto aumento de homicídios no país; abuso de autoridade com foco nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Justiça Eleitoral; exploração de menores… estes são alguns exemplos de pedidos.
Em funcionamento, criariam situações para que o governo tenha o desgaste de se explicar ao Congresso com ida de ministros à CPI e compartilhamento de dados.
“Todas as CPIs são ruins para o governo”, lembrou à CNN o deputado Sóstenes Cavalcanti, atual segundo vice-presidente da Câmara.
“Tem gente do governo que não ajuda. Não temos maioria aqui. É o que defendo: resolvemos os problemas na política com diálogo”, afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Ao sentir seu projeto de sucessão ameaçado, Lira decidiu colocar a Casa trabalhando no limite máximo como alerta ao governo de que ainda tem poder para produzir pedras no caminho.
Atualmente, existem oito pedidos de CPI na mesa de Lira. E ele pode liberar a instalação de até cinco, porque este é o máximo regimental. Pelo regimento, Lira é obrigado a analisar os pedidos de CPIs de acordo com a ordem de apresentação.
Veja lista
- 5/2023 – fraude na venda de pacotes de viagem (123 milhas);
- 6/2023 – aumento do uso de crack;
- 7/2023 – exploração de menores;
- 8/2023 – abuso de autoridade (TSE e STF);
- 9/2023 – aumento de homicídios no país;
- 10/2023 – concessionarias de energia elétrica;
- 11/2023 – renovação do contrato da Âmbar Energia e da Karpowetship;
- 1/2024 – exploração sexual na Ilha de Marajó.