Kremlin: enviar forças de paz da Otan para a Ucrânia seria extremamente perigoso
Porta-voz do governo russo prevê "consequências difíceis de reparar" caso haja contato entre tropas
O envio de uma missão de paz da Otan para a Ucrânia seria “muito imprudente” e “extremamente perigoso”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas na quarta-feira (23). “Qualquer possível contato entre nossos militares e militares da Otan pode levar a consequências difíceis de reparar”, completou.
Na sexta-feira (18), o vice-primeiro-ministro da Polônia, Jaroslaw Kaczynski, pediu que uma missão internacional de paz fosse enviada à Ucrânia após se reunir com os líderes de Eslovênia, República Tcheca e Ucrânia. Os poloneses planejam apresentar sua proposta para uma missão de paz na Ucrânia na cúpula da Otan em Bruxelas. na quinta-feira (24).
O embaixador polonês nos Estados Unidos, Marek Magierowski, disse recentemente a Jake Tapper, da CNN, que a Otan precisa considerar “todas as possibilidades” na Ucrânia para enviar um “sinal muito claro ao Kremlin.”
Magierowski disse que qualquer missão de paz ocorreria “sem envolver a Rússia em um confronto militar direto, porque essa não é a intenção”.
Na terça-feira (23), Peskov falou com a jornalista da CNN Christiane Amanpour sobre os objetivos russos na Ucrânia: “são os mesmos desde o começo da operação: desmilitarizar e neutralizar a Ucrânia, se livrar de batalhões neonazistas e o reconhecimento dos territórios independentes.”