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    Total anuncia suspensão de atividades na Rússia e fim de compras de petróleo

    Petroleira vinha sofrendo pressão para deixar o país desde o início da guerra, após as rivais BP e Royal Dutch Shell reagirem antes e anunciarem o fim das operações russas

    André Marinho, do Estadão Conteúdo

    A TotalEnergies anunciou, nesta terça-feira (22), a “gradual suspensão” de suas atividades na Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia.

    Em comunicado, a petroleira sediada na França informou que não firmará ou renovará contratos de petróleo e derivados russos, com objetivo de encerrar todas as compras do setor até o final de 2022.

    A empresa ressaltou que as medidas respondem a acusações “sérias e infundadas” de que seria “cúmplice de crimes de guerra”. A companhia condenou a ofensiva russa no território vizinho e disse que o conflito tem “trágicas consequências” para a população e “ameaça a paz na Europa”.

    A Total negou operar diretamente campos de petróleo ou centrais de gás natural no país e revelou, ainda, que não pretende abandonar alguns ativos mantidos na Rússia, porque as sanções internacionais dificultariam a busca por compradores.

    “Abandonar esses interesses sem consideração enriqueceria os investidores russos, em contradição com o propósito das sanções”, disse a empresa.

    A petroleira vinha sofrendo pressão para deixar o país desde o início da guerra, quando as rivais BP e Royal Dutch Shell reagiram mais rapidamente e logo anunciar a suspensão de operações russas.

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