De saída do PT, Marília Arraes avalia filiação ao MDB ou Solidariedade
Sem apoio de seu partido para disputa ao Senado, deputada federal considera duas siglas para o lançamento de sua candidatura
Após uma série de desgastes políticos, a deputada federal Marília Arraes (PE) sinalizou nesta segunda-feira (21) que pretende deixar o Partido dos Trabalhadores (PT), legenda a qual estava filiada desde 2016, após rompimento com o Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Com a saída da sigla, a prima do prefeito de Recife, João Campos, avalia a filiação a dois partidos: Solidariedade e MDB. A intenção é sair candidata ao Senado Federal na disputa deste ano.
O Solidariedade é o partido mais cotado para receber Marília neste momento. Segundo dirigentes da legenda, ela teria maior estrutura de campanha, sobretudo com recursos partidários.
No Solidariedade, Marília também não teria problemas em subir no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que a tendência é de que a sigla esteja com o petista já no primeiro turno.
Nesta semana, Marília irá se reunir com lideranças do partido. Ela tem mantido conversas com o presidente nacional da sigla, o deputado federal Paulinho da Força (SP).
Além do Solidariedade, Marília conversa com o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Ela já esteve com o presidente nacional da sigla, Baleia Rossi (SP), com o líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões (AL), e com o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
Fontes do partido avaliam que a filiação de Marília ao MDB ainda é uma operação difícil e consideram que a candidatura dela não tem apoio de um grupo político específico no estado. A preocupação de lideranças, neste momento, é com a sobrevivência da sigla em Pernambuco.
Atualmente, o partido tem apenas um deputado federal eleito, também presidente estadual do MDB em Pernambuco, Raul Henry, ligado ao grupo político histórico do senador Jarbas Vasconcelos.
Além de o partido não ser capilarizado no estado, outro fator que dificulta a filiação de Marília é que ele deve lançar candidatura própria na disputa presidencial. A sigla lançou no ano passado a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS). Marília Arraes quer apoiar o ex-presidente Lula.
Ao lado de Henry e Marília, o MDB também aposta no nome do senador Fernando Bezerra, ex-líder do governo no Senado Federal, para encabeçar uma chapa à Câmara. A tendência é de que quem apresentar melhor desempenho eleitoral comandará a sigla no estado.
Eleições 2022
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