Rússia aprova oito corredores humanitários na Ucrânia, mas Mariupol fica de fora
Informações são da vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, que também afirma que suprimentos não chegam à cidade
Foi alcançado um acordo com a Rússia sobre a criação de oito corredores humanitários para evacuar civis de cidades sitiadas nesta segunda-feira (21), mas a cidade de Mariupol não está entre elas, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
Ela disse que os esforços para chegar a Mariupol com suprimentos humanitários continuam falhando.
O prazo emitido pela Rússia para que as autoridades de Mariupol entregassem a cidade foi ignorado após os ucranianos rejeitarem os termos da demanda russa.
Durante semanas, autoridades ucranianas acusaram as forças russas de bloquear corredores de evacuação que permitiriam aos moradores uma fuga segura da cidade.
O assessor do prefeito de Mariupol, Petro Andrushenko, disse no Telegram que pessoas que tentavam fugir da cidade em seus carros estavam sendo baleadas por forças russas. O governo ucraniano disse que um comboio de socorro para a cidade sitiada foi repetidamente bloqueado.
No domingo (20), o Conselho Municipal de Mariupol disse que os moradores estão sendo levados para a Rússia contra sua vontade pelas forças russas. Os moradores capturados foram levados para campos onde as forças russas checaram seus telefones e documentos, depois redirecionaram alguns para cidades remotas na Rússia, disse o conselho. A Rússia nega as acusações.
Os ataques russos levaram a um colapso total nos serviços básicos – com os moradores sem acesso a gás, eletricidade ou água. Corpos estão sendo deixados na rua porque ou não há ninguém para recolhê-los, ou é simplesmente muito perigoso tentar.
Um funcionário da cidade disse que as pessoas estão com medo de deixar seus abrigos subterrâneos até mesmo para pegar itens essenciais, o que significa que eles estão tentando beber menos água e comer menos comida, saindo apenas para preparar refeições quentes.
*Com informações da CNN