Autoridades dos EUA confirmam que Rússia usou mísseis hipersônicos contra Ucrânia
Mísseis hipersônicos podem viajar em uma trajetória muito mais baixa do que os mísseis balísticos de alto arco, que podem ser facilmente detectávei
Autoridades dos Estados Unidos confirmaram à CNN que a Rússia lançou mísseis hipersônicos contra a Ucrânia na semana passada, o primeiro uso conhecido de tais mísseis em combate. Os EUA conseguiram rastrear os lançamentos em tempo real, disseram as fontes. Esta foi a primeira vez que os russos utilizaram esse tipo de armamento.
Os lançamentos provavelmente visavam testar as armas e enviar uma mensagem ao Ocidente sobre as capacidades russas, disseram várias fontes.
O Pentágono fez do desenvolvimento de armas hipersônicas uma de suas principais prioridades, principalmente porque a China e a Rússia estão trabalhando para desenvolver suas próprias versões.
O Ministério da Defesa da Rússia disse no sábado que lançou mísseis hipersônicos Kinzhal contra um depósito de munição militar no oeste da Ucrânia na sexta-feira (18), destruindo a estrutura na vila ucraniana de Delyatin.
“Em 18 de março, o sistema de mísseis de aviação Kinzhal com mísseis aerobalísticos hipersônicos destruiu um grande depósito subterrâneo de mísseis e munição de aviação das tropas ucranianas na vila de Delyatin, região de Ivano-Frankivsk”, disse o ministério. A CNN não conseguiu confirmar a informação até o momento.
O ministério já havia feito alegações de que o míssil altamente manobrável, que viaja mais rápido que a velocidade do som, é incomparável em potência quando acoplado a seus caças MiG-31.
Os mísseis hipersônicos podem viajar em uma trajetória muito mais baixa do que os mísseis balísticos de alto arco, que podem ser facilmente detectáveis. Os hipersônicos também podem manobrar e evitar sistemas de defesa antimísseis.
Em seu discurso anual de 2018 ao parlamento da Rússia, o presidente Vladimir Putin disse que a Rússia desenvolveu um míssil “invencível” que poderia lançar uma ogiva em velocidade hipersônica. O governo ucraniano ainda não se pronunciou sobre o ataque.
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