Escultura de mármore perdida pode chegar a R$ 50 milhões em leilão
Conhecida como a "obra-prima perdida" do escultor neoclássico italiano, Antonio Canova "Maddalena Giacente" foi esculpida na década de 1920
Uma escultura de mármore de Antonio Canova de Maria Madalena espera ser arrecadada por até US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) quando for a leilão em julho.
Descrita pela casa de leilões Christie’s como a “obra-prima perdida” do escultor neoclássico italiano, “Maddalena Giacente” foi encomendada pelo conde de Liverpool, então primeiro-ministro britânico, e levou três anos para ser esculpida.
Representando Maria Madalena em estado de êxtase religioso, a escultura foi concluída pouco antes da morte de Canova, em 1822.
“Esta é uma das últimas obras que Canova realmente executou. Recentemente veio à luz depois de ter estado em coleções no século 20, não reconhecida como um mármore significativo por Canova”, disse Donald Johnston, chefe internacional de escultura da Christie’s.
“Foi um dos destaques da exposição Art Treasures em Manchester em 1857, e comprada por um cavalheiro. Só que houve um incêndio em sua casa, e a peça acabou indo para leilão, em 1938. Por causa disso, a identidade foi perdida e a foi apenas referida como uma figura clássica.”
A escultura, em exposição na Christie’s de Londres neste fim de semana, sairá em turnê por Nova York e Hong Kong. Será colocada à venda em um leilão no dia 7 de julho, com uma estimativa de preço de £ 5 milhões a £ 8 milhões (US$ 6,6 milhões a US$ 10,6 milhões).
“Para mim, facialmente, a escultura é absolutamente típica de Canova, mas também há outros sinais”, disse Johnston. “A maneira como os pés e as mãos foram feitos, a curva suave nos dedos… É algo muito típico de Canova.”