EUA analisam meios de ajudar refugiados ucranianos a encontrarem seus familiares
Pressionado nos últimos dias, o governo de Joe Biden considera uma série de opções de ajuda aos que fogem da guerra, incluindo um processo especial de admissão nos EUA com base em motivos humanitários
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está discutindo maneiras de ajudar os refugiados ucranianos a se juntarem a familiares que já vivem nos EUA. Entre as medidas analisadas, está meios especiais para admissão no país, segundo fontes consultadas pela CNN.
Sob crescente pressão para intensificar seus esforços, funcionários do governo Biden consideram uma série de opções de ajuda aos refugiados, incluindo um caminho rápido para aqueles que fogem da invasão russa, bem como um processo especial de admissão nos EUA com base em motivos humanitários, de acordo com uma fonte familiarizada com as discussões.
As propostas podem ajudar centenas de ucranianos a fugir da violência no país. Mais de três milhões de refugiados fugiram da Ucrânia devastada pela guerra para países vizinhos desde o início da invasão russo em 24 de fevereiro.
A fuga dos ucranianos tem elevado os pedidos de refúgio para mais nações – especificamente os EUA. Cerca de 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia estão na Polônia.
Apelo aos Estados Unidos
O presidente polonês Andrzej Duda pediu pessoalmente à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, na semana passada, para acelerar e simplificar os procedimentos que permitem que ucranianos com família nos EUA venham ao país.
Biden tem enfrentado uma pressão crescente nos últimos dias para fazer mais para ajudar a Ucrânia em sua luta contra a Rússia, inclusive do próprio presidente ucraniano Volodymyr Zelensky nesta quarta-feira.
Em um discurso ao Congresso dos EUA, Zelensky pediu que Biden seja “o líder do mundo” e disse que os EUA devem fazer mais para ajudar seu país devastado pela guerra.
Para Biden, acolher refugiados ucranianos nos Estados Unidos também ajudaria a avançar com a ideia de unidade ocidental diante da agressão russa, de acordo com uma autoridade consultada pela CNN.
Biden disse à sua equipe que os Estados Unidos devem estar preparados para fazer a sua parte, mesmo que os detalhes de como fazê-lo ainda não tenham sido finalizados.
Mesmo enquanto trabalham para identificar maneiras de ajudar os ucranianos, funcionários da Casa Branca que monitoram a situação dos refugiados disseram acreditar que a crise ainda está em seus estágios iniciais, com potencial para se expandir drasticamente nas próximas semanas ou meses.
Há temores entre alguns destes funcionários de que a Polônia, juntamente com os países mais pobres da região, não será capaz de acomodar um fluxo constante de refugiados que pode persistir por meses, segundo autoridades.
Essa possibilidade aumentou a urgência das discussões sobre a assistência dos EUA, já que os assessores de Biden trabalham para desenvolver opções que possam aliviar o fardo dos países vizinhos da Ucrânia.