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    Em discurso para parlamento canadense, Zelensky diz não esperar Ucrânia “tão cedo” na Otan

    Em pronunciamento ontem no Canadá, Zelensky sinalizou de forma clara que não espera que seu país se junte tão cedo ao tratado

    Andrew Careyda CNNOleksandra OchmanKylie AtwoodPaul LeBlanc

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deixou em seu pronunciamento na terça-feira (15) no parlamento canadense uma dica mais clara de que não espera que seu país se junte tão cedo à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). No discurso, Zelensky pareceu se afastar ainda mais do que até recentemente era visto como uma ambição chave da Ucrânia.
    “Durante anos ouvimos sobre como a porta está supostamente aberta [para a adesão à OTAN], mas agora ouvimos que não podemos entrar. E é verdade, e deve ser reconhecido”, disse o ucraniano.

    “Estou feliz que nosso pessoal esteja começando a entender isso e confiar em si mesmo e em nossos parceiros que nos ajudam”, acrescentou.

    O desejo da Ucrânia de ingressar na Otan e seu status como parceiro da organização estão entre as razões que o presidente russo Vladimir Putin usou para lançar o que ele chama de “operação militar especial” da Rússia contra o país vizinho.

    Em entrevista a Wolf Blitzer, da CNN, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, chamou de “reflexo da realidade” Zelensky sinalizar que não se juntará à Otan tão cedo.

    “Não acho que isso seja uma concessão. Acho que, antes de tudo, é um reflexo da realidade que, mesmo antes dessa agressão da Rússia, a Ucrânia não entraria na Otan amanhã. Mais uma razão pela qual, como vimos quando Putin estava dizendo que suas preocupações com a Ucrânia se concentravam em sua admissão à Otan, isso estava errado. Isso foi uma mentira”, disse Blinken.

    O secretário de Estado dos EUA ainda afirmou que Putin demonstra que esta guerra é sobre “negar à Ucrânia sua existência independente”. Blinken chamou o apoio dos Estados Unidos ao país de “extraordinário” e disse que o apoio continuará “para garantir que a Ucrânia tenha os meios para se defender”.

     

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