União Europeia aprova rodada de sanções à Rússia em setores de energia, aço e defesa
Medida atingirá as principais petrolíferas russas -- Rosneft, Transneft e Gazprom
A União Europeia aprovou formalmente nesta terça-feira (15) uma nova rodada de sanções contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia, que inclui proibições de investimentos no setor de energia russo, exportações de bens de luxo e importações de produtos siderúrgicos da Rússia.
As sanções, que entram em vigor após a publicação no jornal oficial da UE na terça-feira, também congelam os ativos de mais líderes empresariais que apoiam o Estado russo, incluindo o proprietário do clube de futebol Chelsea, Roman Abramovich.
A Comissão Europeia disse em comunicado na terça-feira que as sanções incluem “uma proibição abrangente de novos investimentos no setor de energia russo”.
A medida atingirá as principais petrolíferas russas — Rosneft, Transneft e Gazprom –, mas os membros da UE ainda poderão comprar petróleo e gás deles, disse uma fonte da UE à Reuters.
Também haverá uma proibição total de transações com algumas empresas estatais russas ligadas ao complexo militar-industrial do Kremlin, disse o executivo da UE.
O bloco chegou a um acordo preliminar sobre as novas sanções na segunda-feira (14), e nenhuma objeção foi levantada antes do prazo acordado.
Estima-se que a proibição das importações de aço da Rússia afete 3,3 bilhões de euros em produtos, disse a Comissão.
As empresas da UE também não poderão exportar bens de luxo com valor superior a 300 euros, incluindo joias. As exportações de carros que custem mais de 50 mil euros também serão proibidas, disseram fontes da UE.
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O pacote também proíbe as agências de classificação de crédito da UE de emitir classificações para a Rússia e empresas russas, que a Comissão diz restringir ainda mais seu acesso aos mercados financeiros europeus.
As últimas sanções seguem três rodadas de medidas punitivas que incluíram o congelamento de ativos do banco central russo e a exclusão do sistema bancário SWIFT de alguns bancos russos e bielorrussos.
A UE também concordou na terça-feira em retirar a Rússia de seu status comercial de “nação mais favorecida”, abrindo a porta para tarifas punitivas sobre produtos russos ou proibições definitivas de importação.