EUA e Europa não veem saída diplomática para guerra na Ucrânia neste momento
Autoridades do Ocidente acreditam que negociações entre os dois lados ainda não apresentaram progresso notável
Com a guerra da Rússia na Ucrânia agora em sua terceira semana, autoridades americanas e europeias têm pouco otimismo de que os canais diplomáticos possam oferecer uma saída para o conflito.
As conversas entre os diplomatas da Ucrânia e da Rússia nesta semana não produziram nenhum progresso notável. Rotas de evacuação supostamente seguras para fora do país têm sido repetidamente contestadas.
O número de civis mortos continua a aumentar e, no fim da semana, ambos os lados trocam acusações sobre o uso de armas químicas.
Enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (11) que houve “certos avanços positivos” nas negociações com a Ucrânia, autoridades e diplomatas americanos e europeus que conversaram com a CNN expressaram profundo ceticismo sobre o estado das negociações.
Ninguém sente que as ações de Putin até o momento sugerem que o líder russo está pronto para encontrar uma saída diplomática para acabar com a guerra.
Os Estados Unidos e seus aliados promulgaram novas sanções à Rússia em resposta à invasão da Ucrânia, e o presidente americano Joe Biden mantém contato com os líderes europeus, bem como com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Mas as autoridades dos EUA reconheceram em particular que não acreditam que nenhuma dessas sanções vá mudar o pensamento de Putin, e muitos não acreditam que as perdas da Rússia na Ucrânia também.
O governo Biden está resistindo a apostar em alguém envolvido nos primeiros esforços para intermediar uma solução para acabar com a crise na Ucrânia. Autoridades americanas dizem que ainda precisam ver qualquer progresso tangível e continuam a ver a Ucrânia e a Rússia como os únicos atores essenciais na condução de uma solução.
“Vários países diferentes podem tentar moldar as coisas como quiserem, mas no final do dia, isso provavelmente se resumirá ao que o presidente Zelensky e o presidente Putin estão dispostos a aceitar”, disse um funcionário do Departamento de Estado.