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    Morre aos 96 anos a ex-deputada Sandra Cavalcanti

    Sandra Cavalcanti  foi pioneira na defesa e criação do Ministério para Assuntos Femininos

    Anna Gabriela Costada CNN , em São Paulo

    Morreu nesta sexta-feira (11), aos 96 anos, a ex-deputada estadual Sandra Cavalcanti, vítima de uma parada cardíaca, em casa, no Rio de Janeiro.

    O velório e o sepultamento serão realizados neste sábado (12), no cemitério São João Batista, em Botafogo.

    A  Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) lamentou a morte de Sandra Cavalcanti, destacando-a como “protagonista de uma importante trajetória política no país e teve uma marcante passagem pela Alerj como uma parlamentar extremamente atuante em prol do Estado do Rio e de sua população”.

    O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano, falou sobre sua importância no cenário político para o Rio de Janeiro e para o Brasil.

    “A lembrança que fica da história da Sandra Cavalcanti é de uma parlamentar altiva, convicta das suas ideias, combativa e defensora das causas sociais. Certamente, ela deixou um relevante legado na política do nosso estado e do Brasil. Foi uma brilhante deputada no período em que exerceu mandato na Assembleia”, comentou o presidente da Alerj.

    Trajetória

    Em 1960, Sandra elegeu-se deputada estadual com 14.513 votos, pelo União Democrática Nacional (UDN), no estado da Guanabara, federação que existiu entre 1960 e 1975, e hoje corresponde à cidade do Rio de Janeiro.

    Na época, a então candidata obteve apoio da escritora Raquel de Queiroz, que criou a frase: “a quem um voto dado será um voto dignificado”. Como deputada do UDN, era a porta-voz do jornalista Carlos Lacerda, que havia sido eleito governador em 1960.

    Em 1961, foi convidada pelo então presidente da República Jânio Quadros para ser a Embaixatriz do Brasil na UNESCO, mas declinou o convite e defendeu o fim dos carros oficiais e o direito de os homens serem professores primários.

    “Como secretária de Serviços Sociais da Guanabara, em 1964, ela removeu inúmeras favelas transformando-as em conjuntos habitacionais e criando, por exemplo, a Cidade de Deus, Vila Kennedy e Vila Aliança. Como presidente do Banco Nacional de Habitação (BNH), Sandra se tornou uma incentivadora das cooperativas habitacionais”, disse a Alerj.

    Elegeu-se novamente deputada estadual, em 1974, sendo a mais votada do seu partido, o Arena, com 34.516 votos, à Assembleia Constituinte Estadual na nova unidade da Federação.

    A Alerj destacou que Sandra Cavalcanti  foi pioneira na defesa e criação do Ministério para Assuntos Femininos.

    “Sandra Cavalcanti foi também diretora de um Jornal na TV Tupi, teve participação consagrada no corpo de jurados do “Programa de TV Flávio Cavalcanti”, e estrelou o programa Manchete Shopping Show, na TV Manchete. Era botafoguense convicta e não deixou herdeiros diretos; mas marcou sua trajetória com um legado de dedicação à educação, à habitação popular e ao Rio de Janeiro”, disse a Alerj.

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