Biden rebaixa status da Rússia para negócios com os Estados Unidos
País europeu perde preferência e vantagens em negócios com os americanos; medida precisa passar pelo Congresso
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que o país irá retirar o status de “nação mais favorecida” da Rússia, o que irá alterar as relações comerciais entre os países.
“A designação de status de nação mais favorecida significa que dois países concordaram em negociar um com o outro sob os melhores termos possíveis – tarifas baixas, poucas barreiras ao comércio e maiores importações possíveis permitidas”, explicou o presidente em pronunciamento na Casa Branca nesta sexta-feira (11).
Segundo Biden, isso foi feito em concordância com outros países do G7 e Otan, abrindo caminho para a imposição de tarifas sobre uma ampla gama de produtos russos e aumentando a pressão sobre a economia do país após a invasão à Ucrânia.
“Isso vai deixar o comércio com os EUA mais difícil”, acrescentou. A medida precisa passar pelo Congresso.
Ele também anunciou o banimento da importação de vodka, diamantes e frutos do mar da Rússia para os EUA, além de adicionar novos oligarcas russos à lista de nomes sancionados pelos países do Ocidente.
“Não podemos deixar que autocratas e seus comparsas ditem a direção do mundo. As democracias se ergueram e se juntaram neste momento”, afirmou.
Outro ponto destacado por Biden é haverá a tentativa de bloquear a Rússia de conseguir empréstimos no Fundo Monetário Internacional (FMI).
A CNN informou na quinta-feira (10) que as negociações bipartidárias no Senado estavam tomando forma para tomar medidas mais agressivas sobre o status comercial da Rússia. Isso acontece após a Casa Branca adotar parcialmente o projeto de lei aprovado pela Câmara que proíbe a importação de petróleo, gás natural e carvão russos para os EUA.
A versão anterior da legislação incluía uma disposição que suspenderia as relações comerciais normais permanentes para a Rússia e a Belarus, mas a Casa Branca expressou preocupação com essa parte do projeto, sendo, então, retirado.
Rússia pagará um “preço severo” se usar armas químicas na Ucrânia
Ao final do pronunciamento, o presidente americano disse que não vai “falar sobre a inteligência, mas a Rússia pagará um preço alto se usar produtos químicos”.
De acordo com a CNN Internacional, o governo dos EUA descobriu que o governo russo usou armas químicas no envenenamento de 2020 do líder da oposição russa Alexey Navalny e em 2018 contra Sergei e Yulia Skripal na Inglaterra.
Ambas as determinações dos EUA levaram a sanções sob a Lei de Controle de Armas Químicas e Biológicas e Eliminação de Guerra, que exige que o presidente imponha sanções econômicas e diplomáticas se um país for encontrado usando armas químicas.
*com informações da CNN Internacional