Novo texto no Senado traz “auxílio gasolina” para taxista, aplicativo e motociclista
Expectativa é de que relatório do projeto de lei que trata da criação de uma conta de estabilização para combustíveis seja votado nesta quinta-feira (10)
O novo relatório do projeto de lei que trata da criação de uma conta de estabilização para os combustíveis, apresentado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) na manhã desta quinta-feira (10/03), traz a possibilidade do pagamento de um auxílio gasolina para taxistas, motoristas de aplicativos e motociclistas.
De acordo com o texto, ficará “instituído o auxílio emergencial destinado a atenuar os impactos extraordinários sobre os preços finais ao consumidor da gasolina”, sendo limitado aos cofres públicos o gasto de R$ 3 bilhões. Terão prioridade ao novo programa os beneficiários do Auxílio Brasil.
Dessa maneira, serão pagos R$ 300 para motoristas autônomos do transporte individual, incluídos taxistas e motoristas de aplicativos, para condutores ou pilotos de pequenas embarcações com motor de até 16HP e para motociclistas de aplicativos, desde que tenham um rendimento familiar mensal de até três salários mínimos.
Já para motoristas de motos de até 125 cilindradas, com o mesmo rendimento familiar, o valor será de R$ 100. Segundo o texto, o Poder Executivo é quem regulamentará a formação do cadastro para operacionalização do auxílio, bem como o pagamento.
A expectativa é de que o projeto seja votado ainda nesta quinta. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, suspendeu a sessão que começou durante a manhã e remarcou para às 13h, para que os senadores tenham tempo de analisar as mudanças até lá.
Aumento de preço nas refinarias
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) que vai elevar o preço da gasolina e do diesel, após 57 dias sem reajustes. Para a gasolina, a alta será de 18% e, para o diesel, de quase 25%. Os novos valores começam a ser praticados nesta sexta-feira (11).
Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro, segundo a estatal.
Para o diesel, o preço médio vai de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”.
Mesmo com o aumento, a defasagem estimada do preço da gasolina se mantém. De acordo com cálculos do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, essa defasagem fica em 20% ante 31,6% anteriormente. Já no diesel, fica em torno de 19% ante 34,1%.