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    Verdadeira sanção contra a Rússia seria da União Europeia, avalia professor

    À CNN Rádio, Roberto Dumas afirmou, no entanto, que países europeus, sem o petróleo e o gás russos, “literalmente congelariam”

    Amanda GarciaBel Camposda CNN , em São Paulo

    Na avaliação do professor de economia internacional do Insper, Roberto Dumas, a decisão dos Estados Unidos de proibir a importação de gás e petróleo russos “não é uma grande sanção” que vai prejudicar a Rússia.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que o país comandado pelo presidente Vladimir Putin exporta 8 milhões de barris de petróleo por dia. “Desses, 60% vão para a União Europeia, 20% para a China, e 8% para os Estados Unidos, que equivalem a 1 milhão de barris.”

    “A sanção verdadeira seria da Europa, mas sem gás e petróleo da Rússia, ela literalmente congela, existe a dependência que foi constituída ao longo de vários anos”, defendeu.

    Dumas pondera que a China deve comprar a produção que seria destinada aos Estados Unidos, mas disse que, embora a sanção não deva fazer tanto efeito, ela tem um “poder simbólico.”

    Segundo o professor, a decisão de Putin de responder com a interrupção da exportação de fertilizantes e outros produtos vai reduzir a oferta e prejudicar o custo da produção de alimentos.

    “O Ocidente está batendo na Rússia, só que a mão do Ocidente está doendo cada vez mais”, completou.

    Para Roberto Dumas, o mundo será empurrado cada vez mais para uma situação de estagflação, com PIB que não cresce e inflação cada vez mais alta.

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